Em 2011 eu:
- fiquei desempregada
- me ferrei
- deixei de ouvir muitos nãos (porque nem chegava nessa fase, já era descartada antes)
- passei no vestibular de uma federal
- já nos 45 do segundo tempo, tive uma DR bem difícil
- percebi que a saúde não é mais a mesma
- vi meu filho ficar cada vez mais parecido comigo
- vivi novamente o pesadelo de ser dona de casa
- fiz meu cabelo voltar ao normal
- admirei mais ainda a generosidade do maridón
- comecei um blog
- descumpri a promessa de escrever todos os dias no blog
- conquistei 5 leitores (se é que nenhum se perdeu pelo caminho)
- vi meu filho ganhar o campeonato de futebol
- me afastei de alguns amigos e me reaproximei de outros
- conheci muita gente interessante (até um neto bastardo de meu bisavô, brinks!)
- li coisas por aí que me fizeram repensar todos os meus valores
- passei os últimos 10 meses me preocupando em como sair do buraco negro da minha vida profissional
- tentei abrir um negócio
- li O Memorial do Convento
- li Desventuras em Série com o filhote
- li Bill Bryson
- li Kazuo Ishiguro
- li Jonathan Franzen
- li Carl Sagan
- li a biografia da Maria Antonieta
- li muuuuitos livros
- tentei estudar pra concurso
- vi minha família se reconfigurar
- passei a gostar cada vez mais do meu corpitcho totalmente original de fábrica (exceto por uma trompa que se foi...)
- aprendi a questionar mais e a desconfiar das "verdades" que a mídia propaga
- topei com gente muuuito inteligente, e gente muuuuito burra
- tentei descobrir um caminho pra conseguir trabalhar com algo que gosto (e não consegui)
- senti saudades de coisas que nem vivi
- lamentei não ter me jogado no mundo quando não tinha o que perder
- desejei ter feito tudo diferente
- percebi que me transformei em algo que nunca quis ser (e que isso me fez feliz)
- me decepcionei muito, muito, muito, comigo mesma e com os outros
- me esforcei pra tentar ser uma pessoa melhor
- gastei mais do que podia
- conheci a cidade de Mariana (e tive uma das noites mais bem dormidas da vida)
- dancei até cair na festa de casamento do meu irmão
- ri muito
- chorei muito
- desejei voltar a uma situaçao que já vivi e não gostei só pra tentar sair da situação atual
- encontrei uma pessoa que estava realmente disposta a me ajudar, mesmo me conhecendo tão pouco
- encontrei pessoas dispostas a me ferrar, sem nem me conhecer
- li um livro inteirinho em espanhol (ok, era em quadrinhos)
- negligenciei a limpeza da cozinha até não ter vontade de voltar lá nunca mais
- me culpei por ter errado na educação do filhote e por não ser um exemplo melhor de pessoa pra ele
- raspei a lateral do carro no portão
- completei 12 anos de casada e 10 de maternidade
- competei 32 anos (com corpinho de 31 e idade mental variando entre 13 e 56 anos)
- comecei e larguei um trabalho em menos de 1 mês
- peguei 17 livros na biblioteca pública
Em 2012 eu quero:
- ganhar na mega sena
bjomeligaquandomeusnúmerosforemsorteados!
Procurando receitas para clarear o piso do banheiro? Ih, lugar errado!
sábado, 31 de dezembro de 2011
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Creuza de natal
Olá, amiga creuza natalina!!!
Sentiu minha falta? Estava ansiosa esperando a minha receita para a noite de natal? Que bom, pois eu tenho uma receita! (óóóóóó) Sim, eu tenho, é verdade! Está na família há anos, e é o que eu faço em todos os natais, desde pequena. A melhor parte é que não é difícil executar e o resultado é sempre ótimo, nunca deu errado. Sabe o que eu faço? Anota aí: eu fico longe da cozinha e deixo a mamãe, as tias e primas que entendem do negócio cuidarem da comida. Não é ótimo? A minha família ADORA essa receita e temos natais muito felizes assim. Espero que funcione pra você também! (Exceto se você for a minha mãe ou uma das tias e primas supracitadas, porque ALGUÉM tem que alimentar essa família)
Difícil fugir do tema natalino neste mês, até porque não tenho outro assunto mesmo, por isso não vou ser do contra. Claro que meus queridos leitores (todos os cinco. Sim, eu tenho agora 5 leitores! EEEEEEEE) não esperam encontrar aqui dicas de maquiagem ou looks natalinos, né? A receita de natal eu já dei, e super recomendo! O que vocês sabem que encontram aqui, com uma regularidade de visita em cemitério de interior (uma vez por ano, e olhe lá) é um post contando as minhas últimas peripécias, nas quais invariavelmente me dou mal. Este é um talento para poucos, meus queridos, a arte da auto-sabotagem não é assim tão fácil quanto pode parecer, mas se quiserem se aperfeiçoar no tema, aprendam com a mestra (eu, óbvio). Graças a estas artes, estou hoje desempregada, mas o que poderia ser algo péssimo revelou-se uma grande vantagem neste mês: passei incólume pelas compras natalinas, porque não comprei um presente sequer! Sim, creuza, estar desempregada te livra de amigo-ocultos do inferno, filas gigantes nos caixas das lojas, da luta insana por uma vaga de estacionamento no shopping e das caras de desgosto de quem não curtiu o presente que você deu (e que lhe custou, além dos olhos da cara, praticamente o dobro do valor em estacionamento). Livrar-se dessas agruras é uma benção, desde que você não se importe com comentários do tipo "Dona Marieta, aquela sua filha desempregada chegou" e com as perguntas "Mas porque vc saiu daquele último emprego? Era tão bom!". Nesta hora, caro leitor, antes de enfiar a faca do pernil nesta pessoa que-ri-da, conte até dez e desvie o assunto: "Nossa, e a minha irmã Maura que até hoje não casou, coitada. Papai está tão preocupado, ela já passou dos 30!". Pronto amiga, você contornou com classe e elegância a situação, porque com certeza uma solteirona na família é muuuuito pior que uma desempregada (vai por mim, família de interior de Minas) e renderá muito mais assunto. Ahn, e neste caso, é bom que você seja casada, tá? Se você for solteira AND desempregada, use a faca do pernil e corte na linha abaixo do pulso (mas não no dia da ceia, não vá estragar o natal dascriança!).
E feliz natal pra nóis tudo!
Sentiu minha falta? Estava ansiosa esperando a minha receita para a noite de natal? Que bom, pois eu tenho uma receita! (óóóóóó) Sim, eu tenho, é verdade! Está na família há anos, e é o que eu faço em todos os natais, desde pequena. A melhor parte é que não é difícil executar e o resultado é sempre ótimo, nunca deu errado. Sabe o que eu faço? Anota aí: eu fico longe da cozinha e deixo a mamãe, as tias e primas que entendem do negócio cuidarem da comida. Não é ótimo? A minha família ADORA essa receita e temos natais muito felizes assim. Espero que funcione pra você também! (Exceto se você for a minha mãe ou uma das tias e primas supracitadas, porque ALGUÉM tem que alimentar essa família)
Difícil fugir do tema natalino neste mês, até porque não tenho outro assunto mesmo, por isso não vou ser do contra. Claro que meus queridos leitores (todos os cinco. Sim, eu tenho agora 5 leitores! EEEEEEEE) não esperam encontrar aqui dicas de maquiagem ou looks natalinos, né? A receita de natal eu já dei, e super recomendo! O que vocês sabem que encontram aqui, com uma regularidade de visita em cemitério de interior (uma vez por ano, e olhe lá) é um post contando as minhas últimas peripécias, nas quais invariavelmente me dou mal. Este é um talento para poucos, meus queridos, a arte da auto-sabotagem não é assim tão fácil quanto pode parecer, mas se quiserem se aperfeiçoar no tema, aprendam com a mestra (eu, óbvio). Graças a estas artes, estou hoje desempregada, mas o que poderia ser algo péssimo revelou-se uma grande vantagem neste mês: passei incólume pelas compras natalinas, porque não comprei um presente sequer! Sim, creuza, estar desempregada te livra de amigo-ocultos do inferno, filas gigantes nos caixas das lojas, da luta insana por uma vaga de estacionamento no shopping e das caras de desgosto de quem não curtiu o presente que você deu (e que lhe custou, além dos olhos da cara, praticamente o dobro do valor em estacionamento). Livrar-se dessas agruras é uma benção, desde que você não se importe com comentários do tipo "Dona Marieta, aquela sua filha desempregada chegou" e com as perguntas "Mas porque vc saiu daquele último emprego? Era tão bom!". Nesta hora, caro leitor, antes de enfiar a faca do pernil nesta pessoa que-ri-da, conte até dez e desvie o assunto: "Nossa, e a minha irmã Maura que até hoje não casou, coitada. Papai está tão preocupado, ela já passou dos 30!". Pronto amiga, você contornou com classe e elegância a situação, porque com certeza uma solteirona na família é muuuuito pior que uma desempregada (vai por mim, família de interior de Minas) e renderá muito mais assunto. Ahn, e neste caso, é bom que você seja casada, tá? Se você for solteira AND desempregada, use a faca do pernil e corte na linha abaixo do pulso (mas não no dia da ceia, não vá estragar o natal dascriança!).
E feliz natal pra nóis tudo!
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Respondendo cartinhas durante a TPM
Todos os meus (3) leitores sabem que estou fazendo faculdade de novo, né? Pois então, em setembro recebi uma cartinha da minha querida faculdade reclamando que, no meu histórico, o RG estava errado, e que era pra eu ir até a escola onde fiz o ensino médio e mandar corrigirem.
Seria tudo mui lindo, se eu não tivesse feito o ensino médio a 300km de onde moro, e se não tivesse uma explicação bem plausível para o "erro". Acontece que quando fiz o ensino médio, tinha a primeira via do RG, que era assim: M-999999. Quando tirei a segunda via, ficou assim: MG-999999. Ou seja, o número ficou exatamente igual, só que sei lá por que cargas d'água o povo resolveu acrescentar uma letra na bagaça, causando todo um rebuliço no departamento de matrícula da referida faculdade, que alegou que assim não pode, assim não dá.
Depois de ligar pro departamento e explicar a situação, a burocratazinha padrão disse que eu teria que enviar o histórico corrigido ou uma cópia do antigo RG. Imagina se iam aceitar esta gravíssima discrepância nos meus dados assim, sem um documentozinho que comprove! Graças a mim mesma, que sou muito organizada, eu tinha o velho RG e enviei a cópia.
Então ontem, estava eu feliz e contenteassistindo Mulheres de Areia estudando, ni qui chega outra cartinha da faculdade. Palpitación, palpitación, será que é o meu comprovante de matrícula que solicitei há 23 anos? Rá! Pegadinha do malandro! Era outra cartinha, igual a anterior, solicitando que eu alterasse a minha naturalidade e acrescentasse os dados de quem assinou o histórico pelo diretor do colégio.
Mas vejam vocês três, leitores, que a minha naturalidade é uma pequena e aprazível cidade chamada PIUMHI. É assim mesmo que escreve, com M. Mas isso deve ter dado quase um ataque epiléptico na burocrata do departamento de matrícula, porque ela me mandou corrigir a naturalidade para PIUNHI, vejam vocês! Imagine a renomada faculdade federal do triângulo mineiro aceitar que exista uma cidade com nome de tão original grafia... Inadmissível!
E reparem em mais uma coisa: porque ca*alhos a criatura não mandou estas solicitações todas numa carta só??? Eles não conseguem avaliar um histórico, anotar TODOS os erros, e enviar numa carta só pro aluno? Há algum protocolo que obrigue o funcionário a enviar uma carta por cada item errado? Nesse caso, a segunda carta contem dois itens, preciso então esperar ela mandar uma terceira? São muitos questionamentos e indagações na vida da pessoua...
Mas enfim, eu, no auge da tpm, sem nenhum chocolate num raio de 300m, resolvi me divertir respondendo a cartinha, num lindo email que copio aqui para vocês:
"Caros funcionários do Depto de Matrícula da renomada universidade federal localizada no triângulo mineiro,
Recebi hoje, mais uma vez, meu histórico escolar, para que fossem corrigidos alguns dados.
Da primeira vez, era um problema gravíssimo, que poderia manchar para sempre o nome da Universidade e cobri-la de vergonha por todos os séculos vindouros: uma letra que faltava no meu RG. Esclareci por telefone o erro, mas obviamente não bastou, tive que enviar documento comprovando para alimentar a burocracia, afinal, como a esta faculdade poderia explicar que faltava uma letra no RG de um aluno sem um documento mostrando o fato, para engordar a pastinha do aluno? Inadmissível! Não importa se o que importa no RG são os números, e estes estivesse rigorosamente corretos, a falta de uma letra é algo realmente inaceitável.
Mas eis que recebo hoje, de novo meu histórico, desta vez com duas solicitações novas (que misteriosamente não foram notadas na primeira vez - imagino que os burocratas só consigam analisar um item de cada vez, pra não sobrecarregar o "sistema"):
1-que corrijam a minha naturalidade, que está grafada como PIUMHI, e o esperto burocrata quer que mude para PIUNHI. Se o brilhante funcionário soubesse fazer uma sinapse, teria percebido que no RG está escrito PIUMHI (e olha só, a Policia Civil que escreveu, hein?), se soubesse fazer alguns pares de sinapse, teria digitado PIUMHI no Google e teria encontrado o site da Prefeitura de PIUMHI, teria encontrado na wikipedia o verbete PIUMHI, teria até ficado sabendo da Exposição Agropecuária de PIUMHI. Será que nem a própria Prefeitura sabe escrever o nome correto da cidade? Ou será que nosso sábio burocrata ficou com preguiça de fazer sinapses e tascou uma cartinha pro aluno? Bem mais fácil, né? Afinal, alunos são burros, estão sempre errados. Esperto é o burocrata, que passou num concurso e recebe o salarinho todo mês, independente das burradas que faça no serviço. Mas desta vez, infelizmente, o burocrata se deu mal, pois a grafia está correta, da forma que consta no histórico. Então, a menos que o gênio burocrata da queira enviar ofício para o Governo de MG solicitando a alteração da grafia do nome da cidade de PIUMHI, não há nada que ser corrigido. E fica a dica para, da próxima vez, usar o Google, para não onerar os cofres públicos com o envio de correspondência inútil, motivada pela falta de conhecimento geral dos servidores.
2-que constem os dados de quem assina pelo diretor do colégio. Entendo que seja necessário (não imprescindível), mas por que isso não foi mencionado antes??? Vocês já tinham questionado dados do meu histórico, eu enviei a correção, e agora vocês inventam mais um problema, para que eu envie de novo, e aí vocês vão inventar outro problema, e assim por diante.
Quero saber EXATAMENTE o que deve constar no meu histórico, para eu enviar de uma vez por todas, pois como eu já disse, a escola que estudei fica a mais de 300km de onde moro, e não posso ficar indo lá ao gosto da burocracia de vocês. Se vocês não tem o menor pudor em gastar o dinheiro do estado com burocracias inúteis, eu tenho em gastar o meu, e não vou enviar NADA até que vocês digam o que e como é preciso constar no meu histórico. Ah, e quanto a grafia de PIUMHI, enviem cartinha pro Governo de MG. Assim que ele resolver alterar o nome da cidade, vocês me avisam.
Atenciosamente,
L.T."
De modos que agora, além dos meus documentos, deve haver uma galinha preta, dois chicletes mastigados, meleca endurecida e um sapo com meu nome dentro da boca na minha pastinha da faculdade. Além, é claro, de estarem enlouquecidos procurando por uma crase colocada incorretamente em toda a minha documentação, para enviar mais cartinhas pedindo correção.
*Update: corrigindo um equívoco, conforme solicitado pelo Wesley nos comentários, são QUATRO os meus leitores agora! Yey!! Adsense, me aguarde!
Seria tudo mui lindo, se eu não tivesse feito o ensino médio a 300km de onde moro, e se não tivesse uma explicação bem plausível para o "erro". Acontece que quando fiz o ensino médio, tinha a primeira via do RG, que era assim: M-999999. Quando tirei a segunda via, ficou assim: MG-999999. Ou seja, o número ficou exatamente igual, só que sei lá por que cargas d'água o povo resolveu acrescentar uma letra na bagaça, causando todo um rebuliço no departamento de matrícula da referida faculdade, que alegou que assim não pode, assim não dá.
Depois de ligar pro departamento e explicar a situação, a burocratazinha padrão disse que eu teria que enviar o histórico corrigido ou uma cópia do antigo RG. Imagina se iam aceitar esta gravíssima discrepância nos meus dados assim, sem um documentozinho que comprove! Graças a mim mesma, que sou muito organizada, eu tinha o velho RG e enviei a cópia.
Então ontem, estava eu feliz e contente
Mas vejam vocês três, leitores, que a minha naturalidade é uma pequena e aprazível cidade chamada PIUMHI. É assim mesmo que escreve, com M. Mas isso deve ter dado quase um ataque epiléptico na burocrata do departamento de matrícula, porque ela me mandou corrigir a naturalidade para PIUNHI, vejam vocês! Imagine a renomada faculdade federal do triângulo mineiro aceitar que exista uma cidade com nome de tão original grafia... Inadmissível!
E reparem em mais uma coisa: porque ca*alhos a criatura não mandou estas solicitações todas numa carta só??? Eles não conseguem avaliar um histórico, anotar TODOS os erros, e enviar numa carta só pro aluno? Há algum protocolo que obrigue o funcionário a enviar uma carta por cada item errado? Nesse caso, a segunda carta contem dois itens, preciso então esperar ela mandar uma terceira? São muitos questionamentos e indagações na vida da pessoua...
Mas enfim, eu, no auge da tpm, sem nenhum chocolate num raio de 300m, resolvi me divertir respondendo a cartinha, num lindo email que copio aqui para vocês:
"Caros funcionários do Depto de Matrícula da renomada universidade federal localizada no triângulo mineiro,
Recebi hoje, mais uma vez, meu histórico escolar, para que fossem corrigidos alguns dados.
Da primeira vez, era um problema gravíssimo, que poderia manchar para sempre o nome da Universidade e cobri-la de vergonha por todos os séculos vindouros: uma letra que faltava no meu RG. Esclareci por telefone o erro, mas obviamente não bastou, tive que enviar documento comprovando para alimentar a burocracia, afinal, como a esta faculdade poderia explicar que faltava uma letra no RG de um aluno sem um documento mostrando o fato, para engordar a pastinha do aluno? Inadmissível! Não importa se o que importa no RG são os números, e estes estivesse rigorosamente corretos, a falta de uma letra é algo realmente inaceitável.
Mas eis que recebo hoje, de novo meu histórico, desta vez com duas solicitações novas (que misteriosamente não foram notadas na primeira vez - imagino que os burocratas só consigam analisar um item de cada vez, pra não sobrecarregar o "sistema"):
1-que corrijam a minha naturalidade, que está grafada como PIUMHI, e o esperto burocrata quer que mude para PIUNHI. Se o brilhante funcionário soubesse fazer uma sinapse, teria percebido que no RG está escrito PIUMHI (e olha só, a Policia Civil que escreveu, hein?), se soubesse fazer alguns pares de sinapse, teria digitado PIUMHI no Google e teria encontrado o site da Prefeitura de PIUMHI, teria encontrado na wikipedia o verbete PIUMHI, teria até ficado sabendo da Exposição Agropecuária de PIUMHI. Será que nem a própria Prefeitura sabe escrever o nome correto da cidade? Ou será que nosso sábio burocrata ficou com preguiça de fazer sinapses e tascou uma cartinha pro aluno? Bem mais fácil, né? Afinal, alunos são burros, estão sempre errados. Esperto é o burocrata, que passou num concurso e recebe o salarinho todo mês, independente das burradas que faça no serviço. Mas desta vez, infelizmente, o burocrata se deu mal, pois a grafia está correta, da forma que consta no histórico. Então, a menos que o gênio burocrata da queira enviar ofício para o Governo de MG solicitando a alteração da grafia do nome da cidade de PIUMHI, não há nada que ser corrigido. E fica a dica para, da próxima vez, usar o Google, para não onerar os cofres públicos com o envio de correspondência inútil, motivada pela falta de conhecimento geral dos servidores.
2-que constem os dados de quem assina pelo diretor do colégio. Entendo que seja necessário (não imprescindível), mas por que isso não foi mencionado antes??? Vocês já tinham questionado dados do meu histórico, eu enviei a correção, e agora vocês inventam mais um problema, para que eu envie de novo, e aí vocês vão inventar outro problema, e assim por diante.
Quero saber EXATAMENTE o que deve constar no meu histórico, para eu enviar de uma vez por todas, pois como eu já disse, a escola que estudei fica a mais de 300km de onde moro, e não posso ficar indo lá ao gosto da burocracia de vocês. Se vocês não tem o menor pudor em gastar o dinheiro do estado com burocracias inúteis, eu tenho em gastar o meu, e não vou enviar NADA até que vocês digam o que e como é preciso constar no meu histórico. Ah, e quanto a grafia de PIUMHI, enviem cartinha pro Governo de MG. Assim que ele resolver alterar o nome da cidade, vocês me avisam.
Atenciosamente,
L.T."
De modos que agora, além dos meus documentos, deve haver uma galinha preta, dois chicletes mastigados, meleca endurecida e um sapo com meu nome dentro da boca na minha pastinha da faculdade. Além, é claro, de estarem enlouquecidos procurando por uma crase colocada incorretamente em toda a minha documentação, para enviar mais cartinhas pedindo correção.
*Update: corrigindo um equívoco, conforme solicitado pelo Wesley nos comentários, são QUATRO os meus leitores agora! Yey!! Adsense, me aguarde!
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Desencanto
Você está se sentindo sozinho, precisando de consolo e de conforto? Abra um livro.
Ele não vai julgá-lo. Não vai apontar todos os seus erros. Não vai se importar se você não corresponde a um ideal de comportamento. Você nunca verá censura no olhar de um livro. Ele nao vai tratá-lo melhor após um aumento de salário. Nem pior. Um livro jamais se importará por você não ter sido eleito o fucionário do mês. Ou a garota do Fantástico. Você não vai ser considerado muito gordo para ler um livro. Um livro jamais terá que desligar porque precisa buscar a roupa na lavanderia. Um livro nunca lhe dirá que faz isso para o seu próprio bem. Ele não vai olhar feio para o seu esmalte descascando. Ele não vai sugerir que você alise o cabelo, ou que se vista melhor. Não há problema em procurar um livro se você estiver bêbado às 3 da manhã. Um livro não pergunta por que você fez isso. Ele não vai se recusar a abrir suas páginas se você reclamar do seu conteúdo. Um livro nem mesmo se incomoda se você se preocupa com a paz mundial. Para um livro, tanto faz se você almoçou salmão ou miojo. Ou os dois. Um livro não muda seu status para ausente quando você fica on-line. Ele não é capaz de evitá-lo porque você está depressivo. Nem vai te mostrar todos os sapatos que comprou na liquidação. Um livro, qualquer livro, não vai querer saber quanto custou seu carro. Nem se ele tem banco de couro. Um livro não vai dizer que seu irmão sim é que deu certo na vida.
Um livro sempre está ali. Para você. Por você. Não importa em que situação, não importa o quanto você o tratou mal. Não importa o quão mal você foi tratado. Um livro jamais te deixará sozinho.
Os livros são assim. As pessoas não.
Ele não vai julgá-lo. Não vai apontar todos os seus erros. Não vai se importar se você não corresponde a um ideal de comportamento. Você nunca verá censura no olhar de um livro. Ele nao vai tratá-lo melhor após um aumento de salário. Nem pior. Um livro jamais se importará por você não ter sido eleito o fucionário do mês. Ou a garota do Fantástico. Você não vai ser considerado muito gordo para ler um livro. Um livro jamais terá que desligar porque precisa buscar a roupa na lavanderia. Um livro nunca lhe dirá que faz isso para o seu próprio bem. Ele não vai olhar feio para o seu esmalte descascando. Ele não vai sugerir que você alise o cabelo, ou que se vista melhor. Não há problema em procurar um livro se você estiver bêbado às 3 da manhã. Um livro não pergunta por que você fez isso. Ele não vai se recusar a abrir suas páginas se você reclamar do seu conteúdo. Um livro nem mesmo se incomoda se você se preocupa com a paz mundial. Para um livro, tanto faz se você almoçou salmão ou miojo. Ou os dois. Um livro não muda seu status para ausente quando você fica on-line. Ele não é capaz de evitá-lo porque você está depressivo. Nem vai te mostrar todos os sapatos que comprou na liquidação. Um livro, qualquer livro, não vai querer saber quanto custou seu carro. Nem se ele tem banco de couro. Um livro não vai dizer que seu irmão sim é que deu certo na vida.
Um livro sempre está ali. Para você. Por você. Não importa em que situação, não importa o quanto você o tratou mal. Não importa o quão mal você foi tratado. Um livro jamais te deixará sozinho.
Os livros são assim. As pessoas não.
(Reading in a Red Dress, Helen Cooper - vi aqui)
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Enquanto a megasena não vem, vou me divertindo com o RH
Hellou, people!!
Pensaram que eu tinha ligado o gás e enfiado a cabeça no forno, tale e quale a Sylvia Plath, né? Pois olha, foi quase, viu?
A verdade é que tenho pensado bastante em alguns aspectos da minha vida, e fiquei bem triste com algo muito, muito negativo que precisa de uma mudança urgente: meu saldo bancário. Como diria minha guru espiritual, Kátia: não está sendo fácil.
Como todo pobre sem perspectiva que se preza, gasto meu tempoestudando para conseguir algo melhor imaginando como gastaria o premio da megasena. Qualquer 200 mil já serviria pra mudar a dura realidade, mas uns milhõezinhos resolveriam to-dos os meus problemas, pensa! Quero dizer, alguns não tem jeito, né? Tipo ser boa mãe. Acho que isso a megasena não resolveria, pobre do meu filho. Mas ele é uma criança de sorte, consegue sobreviver e até ser uma boa pessoa, apesar da mãe. Ele não cospe na cara de ninguém, nem exige de natal um celular que custa meu rim esquerdo. "Ah, mas isso é o mínimo!", você deve estar pensando, desavisado leitor. Pois vá numa festa de dia das mães na escola e depois me fala, tá?
Enquanto a megasena não vem, vou procurando vagas na internet. Das 7.833 vagas do Yahoo (que vão desde auxiliar de pedreiro até engenheiro aeroespacial), mando meu currículo para 347 vagas com meu perfil. Destas 347, apenas 2 me convidam para uma entrevista. Destas, nenhuma me dá um retorno. Bacana, né? O povo do RH é muito ocupado, tadinho, porque não tem tempo nem de mandar um email com cópia oculta para todos os candidatos dispensados do processo seletivo agradecendo a participação. Mas eu entendo. Dá muito trabalho fazer isso. Imagine uma mensagem padrão para enviar para todos os dispensados, em qualquer processo seletivo, como essa:
"Agradecemos sua participação em nosso processo seletivo. Informamos que a vaga foi preenchida e que seu currículo permanecerá em nosso banco de dados para futuras oportunidades."
Objetiva e sucinta, né? Mas pensa, eu gastei inacreditáves 2 minutos pra escrever! É muito tempo na vida de um profissional de RH, não dá! Quando se tem uma vida assim tão ocupada e cheia de atribulações, o respeito e consideração pelas pessoas acaba ficando em segundo plano mesmo, não tem jeito. Mas a gente entende, coitados. Sabemos que é importante que eles mantenham o foco no que realmente importa:checar as mensagem no facebook melhorar as relações humanas no ambiente de trabalho.
Ainda sobre o RH, estou um pouco intrigada com a imagem que estas pessoas tem de mim... Eu me acho até espertinha, sei falar corretamente, me portar com educação e cordialidade, sei até ter uma postura profissional, acredita? Mas algo não está batendo e penso se não tenho alguma doença psiquiátrica que me faz ter uma visão distorcida de mim mesma... Vou contar a história toda para os leitores (todos os 3) me ajudarem: eu me candidatei a uma vaga de secretária de escritório de advocacia. Os pré-requisitos eram nível superior (confere!), boa comunicação escrita e verbal (confere!), organização (opa, confere demais!). As atividades a realizar eram: marcar e controlar compromissos, reuniões e viagens, compra de passagens, reserva de hotéis e aluguel de veículos, atender chamadas telefônicas, digitar cartas, relatórios, apresentações e outros documentos. Tranquilo, né? Daí eu fui toda pimpona, bem vestida, achando que estava mais que capacitada pra vaga. A tia do RH olhou meu currículo e não encontrou uma experiência anterior como secretária. Mas, né, experiência anterior não era um requisito (eu só pensei, tá? Claro que não falei isso pra tia. Eu olhei pra ela com um olhar assertivo e profissional, como recomenda tio Max Gheringer, aquele puto). Aí começa o famoso papinho de RH: "Olha, Lívia, esta vaga é pra secretária de ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA (aqui ela atribuiu uma importância comparável à sede da ONU), vai atender um casal de ADVOGADOS (grau de importância atribuído = Nicolas Sarkozy e Carla Bruni), cuidar das passagens, reserva de hotéis, é um trabalho BASTANTE ESPECIALIZADO (grau de importância atribuído = neurocirurgião especialista no lobo temporal direito), né? Então estamos procurando alguém mais especializado nessa área mesmo. Mas vamos manter seu currículo no banco de dados no caso de surgir alguma outra oportunidade no seu perfil, tá bom?" o.O
De modos que posso pensar em duas possibilidades: 1-eu penso que passo uma imagem profissional, mas a imagem verdadeira é a de uma tapada que não consegue entrar no site da GOL pra comprar passagem e 2-preciso fazer um doutorado pra me especializar nesta função altamente especializada. Quem sabe depois de uns 4 anos de estudos e uma defesa de tese em inglês arcaico eu consiga finalmente ligar pra Localiza e alugar um carro, né? Q q 6 acham???
Pensaram que eu tinha ligado o gás e enfiado a cabeça no forno, tale e quale a Sylvia Plath, né? Pois olha, foi quase, viu?
A verdade é que tenho pensado bastante em alguns aspectos da minha vida, e fiquei bem triste com algo muito, muito negativo que precisa de uma mudança urgente: meu saldo bancário. Como diria minha guru espiritual, Kátia: não está sendo fácil.
Como todo pobre sem perspectiva que se preza, gasto meu tempo
Enquanto a megasena não vem, vou procurando vagas na internet. Das 7.833 vagas do Yahoo (que vão desde auxiliar de pedreiro até engenheiro aeroespacial), mando meu currículo para 347 vagas com meu perfil. Destas 347, apenas 2 me convidam para uma entrevista. Destas, nenhuma me dá um retorno. Bacana, né? O povo do RH é muito ocupado, tadinho, porque não tem tempo nem de mandar um email com cópia oculta para todos os candidatos dispensados do processo seletivo agradecendo a participação. Mas eu entendo. Dá muito trabalho fazer isso. Imagine uma mensagem padrão para enviar para todos os dispensados, em qualquer processo seletivo, como essa:
"Agradecemos sua participação em nosso processo seletivo. Informamos que a vaga foi preenchida e que seu currículo permanecerá em nosso banco de dados para futuras oportunidades."
Objetiva e sucinta, né? Mas pensa, eu gastei inacreditáves 2 minutos pra escrever! É muito tempo na vida de um profissional de RH, não dá! Quando se tem uma vida assim tão ocupada e cheia de atribulações, o respeito e consideração pelas pessoas acaba ficando em segundo plano mesmo, não tem jeito. Mas a gente entende, coitados. Sabemos que é importante que eles mantenham o foco no que realmente importa:
Ainda sobre o RH, estou um pouco intrigada com a imagem que estas pessoas tem de mim... Eu me acho até espertinha, sei falar corretamente, me portar com educação e cordialidade, sei até ter uma postura profissional, acredita? Mas algo não está batendo e penso se não tenho alguma doença psiquiátrica que me faz ter uma visão distorcida de mim mesma... Vou contar a história toda para os leitores (todos os 3) me ajudarem: eu me candidatei a uma vaga de secretária de escritório de advocacia. Os pré-requisitos eram nível superior (confere!), boa comunicação escrita e verbal (confere!), organização (opa, confere demais!). As atividades a realizar eram: marcar e controlar compromissos, reuniões e viagens, compra de passagens, reserva de hotéis e aluguel de veículos, atender chamadas telefônicas, digitar cartas, relatórios, apresentações e outros documentos. Tranquilo, né? Daí eu fui toda pimpona, bem vestida, achando que estava mais que capacitada pra vaga. A tia do RH olhou meu currículo e não encontrou uma experiência anterior como secretária. Mas, né, experiência anterior não era um requisito (eu só pensei, tá? Claro que não falei isso pra tia. Eu olhei pra ela com um olhar assertivo e profissional, como recomenda tio Max Gheringer, aquele puto). Aí começa o famoso papinho de RH: "Olha, Lívia, esta vaga é pra secretária de ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA (aqui ela atribuiu uma importância comparável à sede da ONU), vai atender um casal de ADVOGADOS (grau de importância atribuído = Nicolas Sarkozy e Carla Bruni), cuidar das passagens, reserva de hotéis, é um trabalho BASTANTE ESPECIALIZADO (grau de importância atribuído = neurocirurgião especialista no lobo temporal direito), né? Então estamos procurando alguém mais especializado nessa área mesmo. Mas vamos manter seu currículo no banco de dados no caso de surgir alguma outra oportunidade no seu perfil, tá bom?" o.O
De modos que posso pensar em duas possibilidades: 1-eu penso que passo uma imagem profissional, mas a imagem verdadeira é a de uma tapada que não consegue entrar no site da GOL pra comprar passagem e 2-preciso fazer um doutorado pra me especializar nesta função altamente especializada. Quem sabe depois de uns 4 anos de estudos e uma defesa de tese em inglês arcaico eu consiga finalmente ligar pra Localiza e alugar um carro, né? Q q 6 acham???
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Então a Creuza foi à padaria de um bairro metido a fino (obviamente não é onde a Creuza mora), cheio de tiazinha aposentada. Na fila do caixa, a tia que deve ter sido madame um dia, pagou a conta e esqueceu uma revista Ana Maria em cima do balcão. Eu a chamei e entreguei a revista, ela olhou com uma cara de nojinho e disse "nossa, é pra minha ajudante, se eu esquecer ela me mata!"... Creuza olha com cara de desprezo e diz: ahã, Claudia. Pra sua ajudante, né?
Mentira, é óbvio que não fiz nada disso, porque minha mãe me ensinou a serfalsa educada. Creuza apenas sorriu educadamente, porém mentalmente desejou uma unha encravada à tia velha. Mas que bobagem, né? Ela já deve ter uma...
Mentira, é óbvio que não fiz nada disso, porque minha mãe me ensinou a ser
terça-feira, 7 de junho de 2011
Creuza Haute Cuisine
Olá, querida amiga dona de casa!!!
Hoje temos um post especial, inaugurando a sessão Gourmet do nosso blog, afinal, toda dona de casa que se preza (mesmo as piores \o/) adora aprender uma receitinha nova, não é verdade?
A nossa receita inaugural é uma criação minha, batizada pelo pequeno Woshytonn Klever (o filho da Creuza, né? Com dois enes e ípsilon e k, por favor) de Frambata. Antes da receita, vou contar sua história.
Todo mundo sabe que esta Creuza não é nenhuma Palmirinha no quesito cozinha, né? E que as prendas domésticas em geral não são meu forte (vide título do blog). Estas características podem passar a errônea impressão de que minha casa e minha cozinha são terra sem lei, e nada está mais longe da verdade que isso! Tenho uma lei doméstica sim, que é rigorosamente seguida: a Lei do Menor Esforço. Fazer o mínimo possível de esforço pra cuidar da casa e alimentar a família é o que me move, e devo dizer que a cada dia invento maneiras mais criativas de desenvolver esta árdua tarefa. Por exemplo: temos que almoçar todo dia, né, não tem jeito... Mas ao invés de ficar me matando no fogão todo santo dia, eu faço do microondas um grande aliado: na segunda-feira, eu faço uma quantidade de comida que dê pra alimentar 5 famílias etíopes (sendo que quem vai comer mesmo somos eu e Woshytonn Klever), guardo todas as sobras em potes de sorvete e de margarina, e no resto da semana vamos retirando porções diárias pra esquentar no microondas. E assim só fico fedendo a alho e cebola num dia da semana e sobra mais tempo praler a revista Ana Maria estudar... Tudo de bom, né?
O nosso prato de hoje surgiu num momento de grande inspiração, numa segunda-feira, quando a Creuza abriu o microondas e encontrou um resto de frango assado, comprado pelo Edmilson (marido da Creuza) no domingo. Eu DETESTO frango, mas detesto mais ainda cozinhar alguma coisa quando já se tem pronto, então pensei: por que não reciclar? Assim, Woshytonn Klever não vai reclamar "ah não, mãe, frango de novo?", porque não vai nem perceber que é frango reciclado...
Agora que vocês já sabem a história, vamos à receita:
Ingredientes:
- restos de um frango assado
- creme de leite
- requeijão
- queijo ralado
- batata palha
- mostarda
- maionese
- catchup
- qualquer coisa que vc tenha na geladeira pra jogar no molho
Modo de fazer:
Pegue o resto do frango assado do Edmilson, raspe os ossos pra tirar até o último fiapinho de carne que tiver e coloque numa vasilha que possa ir ao microondas (pode fazer no fogão também, mas né, microondas é muuuito mais fácil!). Jogue creme de leite, requeijão, mostarda, queijo ralado, maionese, enfim, o que você achar que "orna" com o frango. Use a criatividade! Leve no microondas, esquente por 2 minutos, retire e joge a batata palha por cima (daí vem o nome: frango + batata = Frambata. Criativo o Woshytonn Klever, né?)
Sendo este o prato principal, assim mais chique, praticamente um Supremo, pode ser acompanhado apenas de arroz requentado mesmo que já tá ótimo. E voilà! (A Creuza acha rycoh usar expressões francesas...) Em menos de 5 minutos você tem um almoço ótimo, e pode voltar a bisbilhotar os famosos no Ego tranquilamente!
E no próximo episódio: mixidão (pra aproveitar os restos da geladeira). Aguardem novas receitas da Chef!
Hoje temos um post especial, inaugurando a sessão Gourmet do nosso blog, afinal, toda dona de casa que se preza (mesmo as piores \o/) adora aprender uma receitinha nova, não é verdade?
A nossa receita inaugural é uma criação minha, batizada pelo pequeno Woshytonn Klever (o filho da Creuza, né? Com dois enes e ípsilon e k, por favor) de Frambata. Antes da receita, vou contar sua história.
Todo mundo sabe que esta Creuza não é nenhuma Palmirinha no quesito cozinha, né? E que as prendas domésticas em geral não são meu forte (vide título do blog). Estas características podem passar a errônea impressão de que minha casa e minha cozinha são terra sem lei, e nada está mais longe da verdade que isso! Tenho uma lei doméstica sim, que é rigorosamente seguida: a Lei do Menor Esforço. Fazer o mínimo possível de esforço pra cuidar da casa e alimentar a família é o que me move, e devo dizer que a cada dia invento maneiras mais criativas de desenvolver esta árdua tarefa. Por exemplo: temos que almoçar todo dia, né, não tem jeito... Mas ao invés de ficar me matando no fogão todo santo dia, eu faço do microondas um grande aliado: na segunda-feira, eu faço uma quantidade de comida que dê pra alimentar 5 famílias etíopes (sendo que quem vai comer mesmo somos eu e Woshytonn Klever), guardo todas as sobras em potes de sorvete e de margarina, e no resto da semana vamos retirando porções diárias pra esquentar no microondas. E assim só fico fedendo a alho e cebola num dia da semana e sobra mais tempo pra
O nosso prato de hoje surgiu num momento de grande inspiração, numa segunda-feira, quando a Creuza abriu o microondas e encontrou um resto de frango assado, comprado pelo Edmilson (marido da Creuza) no domingo. Eu DETESTO frango, mas detesto mais ainda cozinhar alguma coisa quando já se tem pronto, então pensei: por que não reciclar? Assim, Woshytonn Klever não vai reclamar "ah não, mãe, frango de novo?", porque não vai nem perceber que é frango reciclado...
Agora que vocês já sabem a história, vamos à receita:
Ingredientes:
- restos de um frango assado
- creme de leite
- requeijão
- queijo ralado
- batata palha
- mostarda
- maionese
- catchup
- qualquer coisa que vc tenha na geladeira pra jogar no molho
Modo de fazer:
Pegue o resto do frango assado do Edmilson, raspe os ossos pra tirar até o último fiapinho de carne que tiver e coloque numa vasilha que possa ir ao microondas (pode fazer no fogão também, mas né, microondas é muuuito mais fácil!). Jogue creme de leite, requeijão, mostarda, queijo ralado, maionese, enfim, o que você achar que "orna" com o frango. Use a criatividade! Leve no microondas, esquente por 2 minutos, retire e joge a batata palha por cima (daí vem o nome: frango + batata = Frambata. Criativo o Woshytonn Klever, né?)
Sendo este o prato principal, assim mais chique, praticamente um Supremo, pode ser acompanhado apenas de arroz requentado mesmo que já tá ótimo. E voilà! (A Creuza acha rycoh usar expressões francesas...) Em menos de 5 minutos você tem um almoço ótimo, e pode voltar a bisbilhotar os famosos no Ego tranquilamente!
E no próximo episódio: mixidão (pra aproveitar os restos da geladeira). Aguardem novas receitas da Chef!
sábado, 14 de maio de 2011
O horror, o horror
Acabo de voltar de um evento anual que, gente, só de pensar que enfrentarei de novo ano que vem, já dá vontade de chorar. Nas duas longas horas de duração do dito cujo, fui obrigada a ver e ouvir coisas horríveis, daquelas que nos fazem ter vergonha de ser humano. Nesses momentos, quase compreendo porque o Ed Motta aredita que o ser humano é um projeto que deu errado demais...
Imagine um lugar onde ouvimos musicas insuportáveis e ensurdecedoras, pessoas correndo e gritando, mulheres vestidas como strippers e criaturas grossas e agressivas, ostensivamente se colocando em sua frente para que você não consiga ver o que há em frente. Imaginou um inferninho, não é? Rá, pegadinha do malandro! Errou redondamente, jovem e tolo leitor! Eu estava na escolinha do meu filho, num evento de homenagem ao dia das mães.
É o que, Creuza?? Tem stripper na escolinha?
Não, amiga leitora, não que eu saiba. Mas se o hábito faz o monge, sou obrigada a desconfiar que tem sim...
Esconjuro, Creuza! E como é que foi isso?
Amiga dona de casa, não foi fácil mas consegui escapar para contar à posteridade como, num esforço de superação, sobrevivi ao horror:
O sofrimento começa no mês de Maio, quando o calendário nos informa da aproximação do dia das mães. Toda mãe com filho em idade escolar sabe o terror que esta data prenuncia: a temida Homenagem às Mães, patrocinada pela escolinha do seu filho. Sim, este terrível acontecimento disfarçado de "festinha". Após alguns dias seu filho, inocente cúmplice do horror, traz o fatídico convite marcando data e hora para começar seu sofrimento. E ele não tarda...
Chega a data marcada. Você, jovem Creuza, se veste de acordo com o evento: um jeans confortável que não deixe eu cofrinho à mostra nas milhares de vezes que terá que se abaixar pra amarrar o cadarço do tênis da criança; um all star bem amarrado no pé, pra não deixar entrar areia nem brita que as crianças estarão espalhando por todo canto; um óculos escuro, pra esconder sua cara de ódio das crianças mimadas que dão escândalo por um dá cá essa palha. O pimpolho também é adequadamente vestido, de preferência de marrom, que é a cor com que ele estará vesido quando voltar pra casa, não importa com que cor ele foi. Mas nem todos tem o mesmo bom senso, como veremos adiante...
Ao adentrar no recinto, automaticamente somos atropelados por meia dúzia dedemônios lindas criancinhas, que deixam para trás um rastro de areia e brita fina que entranha naquele 0,5mm de espaço entre seu all star e seu pé, obrigando você a ir ao banheiro pra sacudir o tênis e tirar a areia. Enquanto isso, seu diabinho adrável filho já encontrou mais 5 colegas e saiu aterrorizando os demais em busca de diversão. Graças ao seu óculos escuro, as outras mães não perceberam sua cara de ódio para as crianças, senão você teria sido linchada, mas realmente não sabemos se esta não teria sido uma opção menos sofrida que os acontecimentos posteriores...
Vamos em direção aos nossos lugares, para assistir às encantadoras homenagens. Obviamente, só conseguimos lugar na última fila, onde nos sentamos. No caminho, meus olhos são covardemente torturados com estampas de oncinha e botas pula-enchente (se você é forte, não tem medo de assombração nem de ficar cego, pode conhecer uma bota pula-enchente clicando aqui). Obviamente as outras mães devem ter vindo de outro lugar e não tiveram tempo de passar em casa pra se vestir adequadamente. Só isso explica o fato de tanta maquiagem, pulseiras, cabelos chapados, escarpin de salto fino, mega-bolsas, calças estilo "embalada a vácuo" e outras aberrações (posso mencionar especialmente uma pessoa com vestido curto de oncinha e bota de cano longo e salto stilleto... Deve ter vindo direto do pole-dance). Que amor de mães, não é mesmo? Vem direto do serviço pra ver a homenagem... Fico até comovida!
Após ocupar nossos assentos, começa a homenagem. E a primeira frase é "bla bla bla mães são como deus bla bla bla". Nessa hora, uma terrível náusea é sentida por você, Creuza atéia ou não, que prega a liberdade de crenças. É simplesmente IMPOSSÍVEL para as professoras de escolas infantis fazer um evento sem citar deus. TUDO é graças a deus, todos os agradecimentos são primeiramente a deus, tudo que é bom é vindo de deus, toda força foi deus que deu, todo amor é menor que o de deus... Enfim, as professoras amam deus. E você odeia as professoras. Odiaria deus também, se ele existisse.
E a homenagem prossegue. Começa a primeira apesentação. Um som horrível é ouvido por todos. Você olha ao redor, para ver se há algum açougueiro matando um porco, mas então descobre que os guinchos pavorosos vem do cd-player: é um cd da Eliana. Você tenta superar, mas o som é ensurdecedor, entra pelos seus ouvidos e martela na sua cabeça de forma incontrolável. Não há escapatória. As criancinhas no palco fazem gestos, deve ser uma espécie de dança para afastar o efeito da música demoníaca, mas você não consegue enxergar, porque já entraram em cena as piores, mais pérfidas e assustadoras criaturas que habitam o local: as mães-com-uma-câmera-fotográfica. Corram para as colinas! É impossível escapar da visão terrificante, pois as criaturas estão ali: de pé, em frente ao palco, formando uma imensa muralha em volta das pobres criancinhas, espocando seus flashes, impedindo todas as pessoas normais de assistir a homenagem. As mães-com-uma-câmera-fotográfica são capazes de tudo: pisotear você, acotovelar as avós que ousam querer assistir seus netos no palco, usar seu filho como escada... tudo isso para conseguir um bom ângulo. O diretor da escola solta uma bomba de gás lacrimogênio para afastar as criaturas, mas elas não saem: o máximo que ele consegue é que elas se abaixem um pouco, mas jamais recuam da posição em frente ao palco.
Desviando das temíveis criaturas você consegue, através de uma abertura de 0,8cm entre uma mãe embalada a vácuo e uma com mega-hair de 2 metros, assistir à apresentação, mas é apenas para ter outro choque: no palco, uma criança está aos berros, descontrolada, com um nítido pavor de se apresentar diante daquela ameaçadora muralha. Você se pergunta que tipo de professora obriga um bebê a passar por tal situação, mas então percebe que atrás da criança está ela, a segunda criatura mais pavorosa da festinha: a mãe-que-obriga-o-filho-a-dançar-no-palco. Pobre criança! Não pode correr pro colo da mãe pra esconder a cara em seus ombros e chorar: sua mãe se transformou numa horrenda criatura que a obriga a permanecer no palco, e o pior, parece gostar de ficar ali sendo fotografada junto com os bebês. Oh, meu deus, por que me obrigas a passar por tanto tormento?
Respiro fundo e continuo assistindo, e finalmente, na última apresentação do evento, seu filho aparece. Por breves 3 segundos, tempo exato que leva uma mão-com-uma-máquina-fotográfica para se levantar da cadeira e formar a terrível muralha em frente ao palco, você consegue ver seu lindo filhote! E sai feliz: 3 segundos foi uma marca excepcional, comparada ao ano passado, quando além de não ver a criança ainda teve uma costela deslocada pela cotovelada que levou ao se aproximar do palco. E viva o dia das mães!
Após o torturante evento, você se pergunta por que mesmo se dispõe a passar por esta terrível situação ano após ano, e então lembra: é mãe, está sendo homenageada.
Mas peraí, ser mãe não é tão lindo, tão sublime? E aquela história de padecer no paraíso?
Rá! Pegadinha do malandro! SERIA lindo e sublime, se seu filho não tivesse que estudar. Agora você sabe a verdade: o padecimento não é no paraíso, é na escolinha.
Imagine um lugar onde ouvimos musicas insuportáveis e ensurdecedoras, pessoas correndo e gritando, mulheres vestidas como strippers e criaturas grossas e agressivas, ostensivamente se colocando em sua frente para que você não consiga ver o que há em frente. Imaginou um inferninho, não é? Rá, pegadinha do malandro! Errou redondamente, jovem e tolo leitor! Eu estava na escolinha do meu filho, num evento de homenagem ao dia das mães.
É o que, Creuza?? Tem stripper na escolinha?
Não, amiga leitora, não que eu saiba. Mas se o hábito faz o monge, sou obrigada a desconfiar que tem sim...
Esconjuro, Creuza! E como é que foi isso?
Amiga dona de casa, não foi fácil mas consegui escapar para contar à posteridade como, num esforço de superação, sobrevivi ao horror:
O sofrimento começa no mês de Maio, quando o calendário nos informa da aproximação do dia das mães. Toda mãe com filho em idade escolar sabe o terror que esta data prenuncia: a temida Homenagem às Mães, patrocinada pela escolinha do seu filho. Sim, este terrível acontecimento disfarçado de "festinha". Após alguns dias seu filho, inocente cúmplice do horror, traz o fatídico convite marcando data e hora para começar seu sofrimento. E ele não tarda...
Chega a data marcada. Você, jovem Creuza, se veste de acordo com o evento: um jeans confortável que não deixe eu cofrinho à mostra nas milhares de vezes que terá que se abaixar pra amarrar o cadarço do tênis da criança; um all star bem amarrado no pé, pra não deixar entrar areia nem brita que as crianças estarão espalhando por todo canto; um óculos escuro, pra esconder sua cara de ódio das crianças mimadas que dão escândalo por um dá cá essa palha. O pimpolho também é adequadamente vestido, de preferência de marrom, que é a cor com que ele estará vesido quando voltar pra casa, não importa com que cor ele foi. Mas nem todos tem o mesmo bom senso, como veremos adiante...
Ao adentrar no recinto, automaticamente somos atropelados por meia dúzia de
Vamos em direção aos nossos lugares, para assistir às encantadoras homenagens. Obviamente, só conseguimos lugar na última fila, onde nos sentamos. No caminho, meus olhos são covardemente torturados com estampas de oncinha e botas pula-enchente (se você é forte, não tem medo de assombração nem de ficar cego, pode conhecer uma bota pula-enchente clicando aqui). Obviamente as outras mães devem ter vindo de outro lugar e não tiveram tempo de passar em casa pra se vestir adequadamente. Só isso explica o fato de tanta maquiagem, pulseiras, cabelos chapados, escarpin de salto fino, mega-bolsas, calças estilo "embalada a vácuo" e outras aberrações (posso mencionar especialmente uma pessoa com vestido curto de oncinha e bota de cano longo e salto stilleto... Deve ter vindo direto do pole-dance). Que amor de mães, não é mesmo? Vem direto do serviço pra ver a homenagem... Fico até comovida!
Após ocupar nossos assentos, começa a homenagem. E a primeira frase é "bla bla bla mães são como deus bla bla bla". Nessa hora, uma terrível náusea é sentida por você, Creuza atéia ou não, que prega a liberdade de crenças. É simplesmente IMPOSSÍVEL para as professoras de escolas infantis fazer um evento sem citar deus. TUDO é graças a deus, todos os agradecimentos são primeiramente a deus, tudo que é bom é vindo de deus, toda força foi deus que deu, todo amor é menor que o de deus... Enfim, as professoras amam deus. E você odeia as professoras. Odiaria deus também, se ele existisse.
E a homenagem prossegue. Começa a primeira apesentação. Um som horrível é ouvido por todos. Você olha ao redor, para ver se há algum açougueiro matando um porco, mas então descobre que os guinchos pavorosos vem do cd-player: é um cd da Eliana. Você tenta superar, mas o som é ensurdecedor, entra pelos seus ouvidos e martela na sua cabeça de forma incontrolável. Não há escapatória. As criancinhas no palco fazem gestos, deve ser uma espécie de dança para afastar o efeito da música demoníaca, mas você não consegue enxergar, porque já entraram em cena as piores, mais pérfidas e assustadoras criaturas que habitam o local: as mães-com-uma-câmera-fotográfica. Corram para as colinas! É impossível escapar da visão terrificante, pois as criaturas estão ali: de pé, em frente ao palco, formando uma imensa muralha em volta das pobres criancinhas, espocando seus flashes, impedindo todas as pessoas normais de assistir a homenagem. As mães-com-uma-câmera-fotográfica são capazes de tudo: pisotear você, acotovelar as avós que ousam querer assistir seus netos no palco, usar seu filho como escada... tudo isso para conseguir um bom ângulo. O diretor da escola solta uma bomba de gás lacrimogênio para afastar as criaturas, mas elas não saem: o máximo que ele consegue é que elas se abaixem um pouco, mas jamais recuam da posição em frente ao palco.
Desviando das temíveis criaturas você consegue, através de uma abertura de 0,8cm entre uma mãe embalada a vácuo e uma com mega-hair de 2 metros, assistir à apresentação, mas é apenas para ter outro choque: no palco, uma criança está aos berros, descontrolada, com um nítido pavor de se apresentar diante daquela ameaçadora muralha. Você se pergunta que tipo de professora obriga um bebê a passar por tal situação, mas então percebe que atrás da criança está ela, a segunda criatura mais pavorosa da festinha: a mãe-que-obriga-o-filho-a-dançar-no-palco. Pobre criança! Não pode correr pro colo da mãe pra esconder a cara em seus ombros e chorar: sua mãe se transformou numa horrenda criatura que a obriga a permanecer no palco, e o pior, parece gostar de ficar ali sendo fotografada junto com os bebês. Oh, meu deus, por que me obrigas a passar por tanto tormento?
Respiro fundo e continuo assistindo, e finalmente, na última apresentação do evento, seu filho aparece. Por breves 3 segundos, tempo exato que leva uma mão-com-uma-máquina-fotográfica para se levantar da cadeira e formar a terrível muralha em frente ao palco, você consegue ver seu lindo filhote! E sai feliz: 3 segundos foi uma marca excepcional, comparada ao ano passado, quando além de não ver a criança ainda teve uma costela deslocada pela cotovelada que levou ao se aproximar do palco. E viva o dia das mães!
Após o torturante evento, você se pergunta por que mesmo se dispõe a passar por esta terrível situação ano após ano, e então lembra: é mãe, está sendo homenageada.
Mas peraí, ser mãe não é tão lindo, tão sublime? E aquela história de padecer no paraíso?
Rá! Pegadinha do malandro! SERIA lindo e sublime, se seu filho não tivesse que estudar. Agora você sabe a verdade: o padecimento não é no paraíso, é na escolinha.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Mundo mágico das loulous
Depois da morte do Osama estou mais crente do que nunca de que estamos na Matrix! Viva! Em breve o gringo distinto senhor francês chega pra colher as amostras de tecido pro DNA! Assim que o programador senior assumir, né, porque tenho cer-te-za que meu nascimento no Brasil foi obra de algum estagiário...
Mas enfim, já que Matrix é o assunto, vamos fazer um post em homenagem às loulous.
Mas o quéqui tem a ver as loulous coa Matrix, Creuza, tá doida?
Ora, ora, apressada leitora, vou explicar: as loulous são essas pessoasdoidas de jogar pedra, sem noção, aporrinhando minha paciência desde 1979 incríveis que conhecemos, né? ... Posso falar de um tudo dessas criaturas, mas tenho que reconhecer: as loulous tem uma habilidade que não se encontra de baciada na feira: elas conseguem criar uma personal-matrix dentro da Matrix, veja você, abismada leitora!
Como assim, Bial?
Vou explicar, mas primeiro, vamos fazer um teste para avaliar seu potencial loulousístico:
1-Você usa sabonete palmolive porque é mais barato, e quando compra um caro da Natura guarda pra usar em uma ocasião especial?
2-Tem ou já teve o nome no SPC?
3-Ás vezes queima o arroz?
4-Sofre com bad hair day e acha o fim do mundo pagar 3 dígitos por um corte de cabelo?
5-Compra creme baratinho da Avon?
6-Briga com o marido?
7-Tem vontade de explodir o cérebro de algumas pessoas com o olhar?
8-Compra ou já comprou roupa no baratão?
9-Conhece maquiagem da MAC só de revista?
10-Custa a viajar, e quando vai fica em albergue, pra economizar?
Bem, amiga, se você respondeu sim a 5 ou mais perguntas, você não é loulou, você é Creuza mesmo, pode continuar lendo. Agora, se respondeu não à maioria das perguntas, vade-retro!!! Esconjuro! Volta pro mar, oferenda!!! E depois senta e chora, porque você é ou está no processo pra se tornar uma loulou. Nesse caso, favor se identificar nos comentários, para eupoder riscar seu nome da minha agenda pra sempre torcer para que você consiga inverter o processo.
Consegue perceber, cara amiga Creuza, o super-poder das loulou? As loulou usam sabonete da Natura todos os dias, se precisam de um mais baratinho, compram Dove; nunca, jamais, de forma alguma tiveram o nome no SPC, porque elas nuuunca ficaram desempregadas, imagine, profissionais tão competentes e requisitadas, desempregadas? O arroz delas é o mais soltinho e branquinho (mesmo que elas façam arroz integral, ele sempre fica branquinho, impressionante!); loulou nunca tem bad hair day e só corta/pinta os cabelos no Célio Faria (ou no salão mais chique e badalado da cidade). Loulou JAMAIS usa Avon, pode até usar alguma coisinha da Natura, mas se ganha alguma coisa da Avon, dá de presente pra diarista; loulou nuuuunca briga com o marido, simplesmente porque o marido é louco por ela, faz todas as suas vontades, nunca fica inconveniente quando bebe além da conta e todo mês manda um buquê pra ela e nas datas especiais, uma jóia: da Tiffany, óbvio. Loulou nunca fica brava com ninguém, porque tem tanta classe e elegância que está acima destas coisinhas pequenas. Roupas, só da Gregory ou de marcas renomadas, coisas baratinhas elas compram na Zara - em lojas como Renner, C&A, Marisa, elas nunca pisaram nem na porta! Maquiagem só MAC, of course, afinal é a melhor. E viagem é todo final de semana, em pousadas charmosas e badaladas.
Uai, Creuza, e por que ocê fala mal delas??? Eu é que queria ser loulou desse jeito, ora!
Rá, cara leitora, mas você não acha que algo está estranho? Afinal, elas são suas colegas de trabalho, de faculdade, pessoas que você encontra por aí, circulando no mesmo meio social que você... Pense comigo, cara amiga dona-de-casa, por que as loulou, poderosas desse jeito, estão aí almoçando no serve-serve com você? E de onde sai grana pra comprar só coisas boas e ainda pagar todas as contas em dia?
Óia, Creuza, é mesmo, né? Eu nem tinha percebido...
Ora, jovem tola, é aí que entra a incrível habilidade loulou de criar uma sub-matrix! Senão, vejamos: loulou é sua colega de trabalho, ganha parecido com você, não nasceu em berço de ouro nem casou com o príncipe, não é linda e maravilhosa nem tem QI de gênio... Como ela consegue ter uma vida tão incrível? Marido apaixonado, viagens, roupas e produtos caros, habilidades incríveis na cozinha, ser profissional de ponta, disputada no mercado? É simples: tudo isso é um mundo mágico, uma invenção, uma personal matrix criada pela loulou pra passar uma imagem de Kate Middleton quando na verdade ela é tão Creuza quanto você. Um super-poder comumente conhecido como "comer pepino e arrotar caviar". Rá, pegadinha do malandro! E você quase caiu, não é, Creuza amiga?
Pior que é... mas bem que achei estranho aqueles 5 dedos de raiz no cabelo dela, mas pensei que era moda!
Mas não fique triste, amiga... As loulous costumam enganar muita gente (inclusive os maridos...). Sempre tem umas loulouzetes ao redor, achando liiinda e cor-de-rosa a vida da "amiga", com os olhinhos brilhando de inveja boa, torcendo pra um dia ter uma vida assim tão perfeita, sonhando com o dia que o Zé que elas namoram vire um príncipe feito o marido da loulou. Tsc, tsc, quando caem em si, a loulou fugiu com o Zé, e ainda levou o cartão de crédito e a bolsa da Victor Hugo que a loulouzete parcelou em 12x...
Ah, mas isso não vem ao caso, né? Estamos aqui para admirar a habilidade loulou de sub-matrixar a matrix e blá-blá-blá...
Mas só uma coisinha, amiga Creuza, uma dica esperta pra você guardar como um patuá afasta-loulou: quem nasce Lady Kate (ou se torna, com tinturas Márcia 8.13) não vira Duquesa de Cambridge castanho natural, JAMÁS!
PS - este post foi mais uma sugestão da Ana, amiga Creuza versada nas artes de descobrir loulous onde menos se espera (e onde mais se espera também).
Mas enfim, já que Matrix é o assunto, vamos fazer um post em homenagem às loulous.
Mas o quéqui tem a ver as loulous coa Matrix, Creuza, tá doida?
Ora, ora, apressada leitora, vou explicar: as loulous são essas pessoas
Como assim, Bial?
Vou explicar, mas primeiro, vamos fazer um teste para avaliar seu potencial loulousístico:
1-Você usa sabonete palmolive porque é mais barato, e quando compra um caro da Natura guarda pra usar em uma ocasião especial?
2-Tem ou já teve o nome no SPC?
3-Ás vezes queima o arroz?
4-Sofre com bad hair day e acha o fim do mundo pagar 3 dígitos por um corte de cabelo?
5-Compra creme baratinho da Avon?
6-Briga com o marido?
7-Tem vontade de explodir o cérebro de algumas pessoas com o olhar?
8-Compra ou já comprou roupa no baratão?
9-Conhece maquiagem da MAC só de revista?
10-Custa a viajar, e quando vai fica em albergue, pra economizar?
Bem, amiga, se você respondeu sim a 5 ou mais perguntas, você não é loulou, você é Creuza mesmo, pode continuar lendo. Agora, se respondeu não à maioria das perguntas, vade-retro!!! Esconjuro! Volta pro mar, oferenda!!! E depois senta e chora, porque você é ou está no processo pra se tornar uma loulou. Nesse caso, favor se identificar nos comentários, para eu
Consegue perceber, cara amiga Creuza, o super-poder das loulou? As loulou usam sabonete da Natura todos os dias, se precisam de um mais baratinho, compram Dove; nunca, jamais, de forma alguma tiveram o nome no SPC, porque elas nuuunca ficaram desempregadas, imagine, profissionais tão competentes e requisitadas, desempregadas? O arroz delas é o mais soltinho e branquinho (mesmo que elas façam arroz integral, ele sempre fica branquinho, impressionante!); loulou nunca tem bad hair day e só corta/pinta os cabelos no Célio Faria (ou no salão mais chique e badalado da cidade). Loulou JAMAIS usa Avon, pode até usar alguma coisinha da Natura, mas se ganha alguma coisa da Avon, dá de presente pra diarista; loulou nuuuunca briga com o marido, simplesmente porque o marido é louco por ela, faz todas as suas vontades, nunca fica inconveniente quando bebe além da conta e todo mês manda um buquê pra ela e nas datas especiais, uma jóia: da Tiffany, óbvio. Loulou nunca fica brava com ninguém, porque tem tanta classe e elegância que está acima destas coisinhas pequenas. Roupas, só da Gregory ou de marcas renomadas, coisas baratinhas elas compram na Zara - em lojas como Renner, C&A, Marisa, elas nunca pisaram nem na porta! Maquiagem só MAC, of course, afinal é a melhor. E viagem é todo final de semana, em pousadas charmosas e badaladas.
Uai, Creuza, e por que ocê fala mal delas??? Eu é que queria ser loulou desse jeito, ora!
Rá, cara leitora, mas você não acha que algo está estranho? Afinal, elas são suas colegas de trabalho, de faculdade, pessoas que você encontra por aí, circulando no mesmo meio social que você... Pense comigo, cara amiga dona-de-casa, por que as loulou, poderosas desse jeito, estão aí almoçando no serve-serve com você? E de onde sai grana pra comprar só coisas boas e ainda pagar todas as contas em dia?
Óia, Creuza, é mesmo, né? Eu nem tinha percebido...
Ora, jovem tola, é aí que entra a incrível habilidade loulou de criar uma sub-matrix! Senão, vejamos: loulou é sua colega de trabalho, ganha parecido com você, não nasceu em berço de ouro nem casou com o príncipe, não é linda e maravilhosa nem tem QI de gênio... Como ela consegue ter uma vida tão incrível? Marido apaixonado, viagens, roupas e produtos caros, habilidades incríveis na cozinha, ser profissional de ponta, disputada no mercado? É simples: tudo isso é um mundo mágico, uma invenção, uma personal matrix criada pela loulou pra passar uma imagem de Kate Middleton quando na verdade ela é tão Creuza quanto você. Um super-poder comumente conhecido como "comer pepino e arrotar caviar". Rá, pegadinha do malandro! E você quase caiu, não é, Creuza amiga?
Pior que é... mas bem que achei estranho aqueles 5 dedos de raiz no cabelo dela, mas pensei que era moda!
Mas não fique triste, amiga... As loulous costumam enganar muita gente (inclusive os maridos...). Sempre tem umas loulouzetes ao redor, achando liiinda e cor-de-rosa a vida da "amiga", com os olhinhos brilhando de inveja boa, torcendo pra um dia ter uma vida assim tão perfeita, sonhando com o dia que o Zé que elas namoram vire um príncipe feito o marido da loulou. Tsc, tsc, quando caem em si, a loulou fugiu com o Zé, e ainda levou o cartão de crédito e a bolsa da Victor Hugo que a loulouzete parcelou em 12x...
Ah, mas isso não vem ao caso, né? Estamos aqui para admirar a habilidade loulou de sub-matrixar a matrix e blá-blá-blá...
Mas só uma coisinha, amiga Creuza, uma dica esperta pra você guardar como um patuá afasta-loulou: quem nasce Lady Kate (ou se torna, com tinturas Márcia 8.13) não vira Duquesa de Cambridge castanho natural, JAMÁS!
PS - este post foi mais uma sugestão da Ana, amiga Creuza versada nas artes de descobrir loulous onde menos se espera (e onde mais se espera também).
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Alguém fora da Matrix, por favor...
Há pouco tempo assisti ao polêmico documentário Zeitgeist, famoso por questionar algumas verdades, como a existência de Jesus e outras coisas. Sendo que uma dessas outras coisas é o atentado às Torres Gêmeas. É claro que cheira a pura teoria da conspiração, Illuminatti e todos esses blá-blá-blás que proliferam igual bactéria na esponja de lavar louça, mas de qualquer forma gastei algumas horas do meu tempo que tenho de sobra precioso thinking about.
Essa história de conspiração e "verdades ocultas" me fizeram lembrar do filme Matrix, que vai um pouco além na imaginção fértil e mostra o mundo dominado por máquinas, que mantem os humanos entorpecidos em cápsulas com cérebros conectados a uma rede que simula a realidade (Matrix).
Será que não vivemos dentro dessa rede mesmo? Eu não quero ser o novo Neo pra descobrir, se realmente estamos na Matrix eu é que não vou deixar enfiar um cabo usb gigante na minha nuca pra descobrir, no way! Mas também não posso concordar com tudo porque, se existe Matrix, existe algum programador que criou essa realidade alternativa, e alguma cagada ele fez, porque né, ao invés de me fazer no padrão gado-básico-feminino ele me criou sabendo fazer uma meia duzia de sinapses a mais e agora estou aqui, criticando sua obra (cof, cof) perfeita. Se eu estou realmente num casulo ligada a um monte de fios, tendo minha energia sugada para... para que mesmo?? Enfim, se eu estou lá anestesiada e toda essa realidade foi inventada, quero ter algumas palavrinhas com o programador. Neo, está me ouvindo?? Você pode mandar o recado, please? QUERO FALAR COM O PROGRAMADOR!!! Vou escrever aqui minha cartinha e você entrega pra ele, tá?
Caro Programador,
Por que eu não sou uma feliz Gorete padrão gado-básico-feminino, analfabeta funcional, vestida com calças da Gang, pneuzinhos sobrando na cintura, pilce no imbigo, calota craniana praticamente corroída pela água oxigenada, mãe aos 13 de um gado-básico-bebê chamado Maicon Hailley, abandonada pelo pai dele, Josielson Kleiber? Eu seria feliz, Sr. Programador, xingando a criança, comendo linguiça, ouvindo o Créu no último volume (e velocidade) até finalmente ficar surda aos 28 anos. A vida seria simples, eu só teria que me preocupar em pintar a raíz do cabelo de 6 em 6 meses, alimentar o Maicon de 6 em 6 horas e em descer até o chão-chão-chão sempre que um gado-básico-masculino se aproximasse... Não estaria aqui questionando a existência de uma realidade alternativa, nem pensando em que livro ler, nem arrancando os cabelos preocupada com a educação e o futuro do meu filho e com as contas a pagar. Matrix, para mim, seria um filme com umas cenas de tiro em câmera lenta doidonas, e nada mais. Mas veja, Sr. Programador, o que aconteceu: eu não estou feliz com essa realidade! Você fez algo errado, é óbvio. Quero dizer, você não, eu sei que na verdade quem fez a cagada foi o estagiário, que você só saiu pra tomar um cafezinho e quando voltou o estagiário fez cara de orgulho e disse que "Já adiantei tudo, está pronto!", e você, cansado, depois de programar a vidinha miserável de tantos seres humanos, resolveu dar um voto de confiança pro moleque e acreditou. Tsc, tsc, Sr. Programador... Por causa de deslizes como estes que você acaba recebendo cartinhas como esta.
Agora que eu já sei de tudo, pense no perigo se eu sair divulgando a verdade por aí, caro Programador? Imagine toda a população insatisfeita com sua realidade particular e fazendo manifestos? Imagine reprogramar tudo de novo??? Você não vai querer, vai? Ainda mais depois de ter dispensado o estagiário por motivos óbvios...
Mas veja só, ironicamente, graças ao estagiário, que me deu capacidade de fazer umas sinapsezinhas a mais, eu tenho a solução pra você: um acordo, só entre nós, do tipo win-win: você altera uns códigos aí, muda um pouco a minha realidade, eu fico feliz e principalmente calada. Já tenho tudo esquematizado, se liga: você vai mandar um distinto representante de nobres franceses me procurar, em segredo, claro. Este nobre e gentil francês ficará encantadíssimo ao me encontrar, dará graças ao bom deus (mentira, melhor não, melhor ele ser ateu) e me dirá que estão fazendo uma busca, pois souberam que há uma importante descendente da monarquia francesa perdida no Brasil, e que após exaustivas pesquisas chegaram até mim. Então ele colherá amostras genéticas e voltará para a França, prometendo manter contato. Após alguns dias (DIAS, tá? Não meses) ele voltará, e quando eu abrir a porta, fará uma grande mesura, me saldando como a única (e secreta) descendente da Rainha Maria Antonieta. Ele me levará (junto com o restante de minha família REAL) para a França, onde tomarei posse de várias propriedades que foram tomadas de meus antepassados durante a Revolução Francesa. Eu, magnanimamente, abrirei mão de Versailhes, em sinal do meu grande amor pelo povo francês, e seguindo exemplo humilde da ilustre Rainha minha antepassada, preferirei um simples e recolhido castelo em Provence, onde passarei o resto dos dias lendo, cavalgando pelos campos floridos, assistindo o meu filho ter aulas de futebol com Zidane e apoiando meu marido no planejamento de seus prosaicos safáris pela Africa... Assim encontrarei a paz e tranquilidade que mereço após a sofrida vida que levei até aqui.
Admita, Programador: gênio, não sou? Eu sei, não precisa elogiar. Eu simplesmente sei.
Ah, e dessa vez não estraga tudo, tá? Bota o estagiário pra fora e tranca a porta! E ó: tem que ser a Maria Antonieta. Não me venha com Catarina de Aragão que ninguém vai engolir que eu sou descendente de uma digna e piedosa rainha. Vai por mim: ninguém jamais vai duvidar de Maria Antonieta. Posso até citar numa entrevista ao Le Monde: "se não tem pão, que comam barrinha de cereal", que tal?
Então bora? Que dia o gringo chega? Estou "no aguardo".
(nem tão) Cordialmente,
Livia
PS - Olha só, se não rolar esse plano (muita dificuldade operacional, manipulação de imprensa e tal) tenho um plano B: fala aí onde eu digito CTRL+SHIFT+C e me passa uns cheat-codes que tá de boa.
Essa história de conspiração e "verdades ocultas" me fizeram lembrar do filme Matrix, que vai um pouco além na imaginção fértil e mostra o mundo dominado por máquinas, que mantem os humanos entorpecidos em cápsulas com cérebros conectados a uma rede que simula a realidade (Matrix).
Será que não vivemos dentro dessa rede mesmo? Eu não quero ser o novo Neo pra descobrir, se realmente estamos na Matrix eu é que não vou deixar enfiar um cabo usb gigante na minha nuca pra descobrir, no way! Mas também não posso concordar com tudo porque, se existe Matrix, existe algum programador que criou essa realidade alternativa, e alguma cagada ele fez, porque né, ao invés de me fazer no padrão gado-básico-feminino ele me criou sabendo fazer uma meia duzia de sinapses a mais e agora estou aqui, criticando sua obra (cof, cof) perfeita. Se eu estou realmente num casulo ligada a um monte de fios, tendo minha energia sugada para... para que mesmo?? Enfim, se eu estou lá anestesiada e toda essa realidade foi inventada, quero ter algumas palavrinhas com o programador. Neo, está me ouvindo?? Você pode mandar o recado, please? QUERO FALAR COM O PROGRAMADOR!!! Vou escrever aqui minha cartinha e você entrega pra ele, tá?
Caro Programador,
Por que eu não sou uma feliz Gorete padrão gado-básico-feminino, analfabeta funcional, vestida com calças da Gang, pneuzinhos sobrando na cintura, pilce no imbigo, calota craniana praticamente corroída pela água oxigenada, mãe aos 13 de um gado-básico-bebê chamado Maicon Hailley, abandonada pelo pai dele, Josielson Kleiber? Eu seria feliz, Sr. Programador, xingando a criança, comendo linguiça, ouvindo o Créu no último volume (e velocidade) até finalmente ficar surda aos 28 anos. A vida seria simples, eu só teria que me preocupar em pintar a raíz do cabelo de 6 em 6 meses, alimentar o Maicon de 6 em 6 horas e em descer até o chão-chão-chão sempre que um gado-básico-masculino se aproximasse... Não estaria aqui questionando a existência de uma realidade alternativa, nem pensando em que livro ler, nem arrancando os cabelos preocupada com a educação e o futuro do meu filho e com as contas a pagar. Matrix, para mim, seria um filme com umas cenas de tiro em câmera lenta doidonas, e nada mais. Mas veja, Sr. Programador, o que aconteceu: eu não estou feliz com essa realidade! Você fez algo errado, é óbvio. Quero dizer, você não, eu sei que na verdade quem fez a cagada foi o estagiário, que você só saiu pra tomar um cafezinho e quando voltou o estagiário fez cara de orgulho e disse que "Já adiantei tudo, está pronto!", e você, cansado, depois de programar a vidinha miserável de tantos seres humanos, resolveu dar um voto de confiança pro moleque e acreditou. Tsc, tsc, Sr. Programador... Por causa de deslizes como estes que você acaba recebendo cartinhas como esta.
Agora que eu já sei de tudo, pense no perigo se eu sair divulgando a verdade por aí, caro Programador? Imagine toda a população insatisfeita com sua realidade particular e fazendo manifestos? Imagine reprogramar tudo de novo??? Você não vai querer, vai? Ainda mais depois de ter dispensado o estagiário por motivos óbvios...
Mas veja só, ironicamente, graças ao estagiário, que me deu capacidade de fazer umas sinapsezinhas a mais, eu tenho a solução pra você: um acordo, só entre nós, do tipo win-win: você altera uns códigos aí, muda um pouco a minha realidade, eu fico feliz e principalmente calada. Já tenho tudo esquematizado, se liga: você vai mandar um distinto representante de nobres franceses me procurar, em segredo, claro. Este nobre e gentil francês ficará encantadíssimo ao me encontrar, dará graças ao bom deus (mentira, melhor não, melhor ele ser ateu) e me dirá que estão fazendo uma busca, pois souberam que há uma importante descendente da monarquia francesa perdida no Brasil, e que após exaustivas pesquisas chegaram até mim. Então ele colherá amostras genéticas e voltará para a França, prometendo manter contato. Após alguns dias (DIAS, tá? Não meses) ele voltará, e quando eu abrir a porta, fará uma grande mesura, me saldando como a única (e secreta) descendente da Rainha Maria Antonieta. Ele me levará (junto com o restante de minha família REAL) para a França, onde tomarei posse de várias propriedades que foram tomadas de meus antepassados durante a Revolução Francesa. Eu, magnanimamente, abrirei mão de Versailhes, em sinal do meu grande amor pelo povo francês, e seguindo exemplo humilde da ilustre Rainha minha antepassada, preferirei um simples e recolhido castelo em Provence, onde passarei o resto dos dias lendo, cavalgando pelos campos floridos, assistindo o meu filho ter aulas de futebol com Zidane e apoiando meu marido no planejamento de seus prosaicos safáris pela Africa... Assim encontrarei a paz e tranquilidade que mereço após a sofrida vida que levei até aqui.
Admita, Programador: gênio, não sou? Eu sei, não precisa elogiar. Eu simplesmente sei.
Ah, e dessa vez não estraga tudo, tá? Bota o estagiário pra fora e tranca a porta! E ó: tem que ser a Maria Antonieta. Não me venha com Catarina de Aragão que ninguém vai engolir que eu sou descendente de uma digna e piedosa rainha. Vai por mim: ninguém jamais vai duvidar de Maria Antonieta. Posso até citar numa entrevista ao Le Monde: "se não tem pão, que comam barrinha de cereal", que tal?
Então bora? Que dia o gringo chega? Estou "no aguardo".
(nem tão) Cordialmente,
Livia
PS - Olha só, se não rolar esse plano (muita dificuldade operacional, manipulação de imprensa e tal) tenho um plano B: fala aí onde eu digito CTRL+SHIFT+C e me passa uns cheat-codes que tá de boa.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Estatísticas de origem de acesso:
México e Portugal tudo bem, tenho amigos por lá, mas Austrália? Itália? Índia?? IRÃ????? Como esse povo me descobre? Que tortuosos caminhos percorreram pra chegar até aqui? Adoraria saber, vocês podem falar sobre isso nos Comentários?
Eu acho que a busca no Google não deve estar sendo feita corretamente, só pode! Alô você, amigo indiano ou iraniano que está procurando uma boa dona-de-casa no Brasil: você está procurando no lugar ERRADO!!! Pior = worst!
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México e Portugal tudo bem, tenho amigos por lá, mas Austrália? Itália? Índia?? IRÃ????? Como esse povo me descobre? Que tortuosos caminhos percorreram pra chegar até aqui? Adoraria saber, vocês podem falar sobre isso nos Comentários?
Eu acho que a busca no Google não deve estar sendo feita corretamente, só pode! Alô você, amigo indiano ou iraniano que está procurando uma boa dona-de-casa no Brasil: você está procurando no lugar ERRADO!!! Pior = worst!
segunda-feira, 4 de abril de 2011
A saga da matrícula
Todo mundo lembra que eu passei no vestibular, né? Entonces, passei, curso a distância, federal de Berrrlandia, vou me matricular. Lembra do Zé Ramalho cantando "minha filha inocente, diz pra mim toda contente, pai, vou me matricular"? Pois. Mal sabia eu que estava prestes a sofrer a dor da marrom com esta benção de matrícula.
Bem, pra começar, eu não estava querendo chacoalhar num busu daqui até Berrrlandia, por 9h, só pra chegar lá assinar meia duzia de papéis e voltar (mais 9h de busu). Então, achei uma boa e generosa alma (obrigada, Vivi!) que se dispôs a fazer a matrícula por procuração. No edital estava previsto esta possibilidade, dizendo que a procuração deve ser "feita em cartório". De posse do número dos documentos da Vivi, fui pro cartório fazer a abençoada procuração. Ni qui uma funcionária muito solícita (noooot!) e com uma vontade de trabalhar que deu até medo, falou que não podia fazer a procuração sem a cópia dos documentos da Vivi. Como assim, Bial? Não daria tempo da Vivi me mandar cópia de documento nenhum, e por que raios precisava da cópia dos documentos?? Eu não estava lá dando os números pra ela? Mas aí a funcionária "exemplo" falou que procuração pública é assim. Então, tá, cara-pálida. Muito puta dentro da minha calça Renner, fui procurar outro cartório, porque, né?, 9h de ônibus e tal. Aí a tia do outro cartório, muito mais disposta a ajudar, me disse que pelo edital não dava pra saber se a procuração era pública (que precisa de cópias de documento) ou particular (que não precisa de cópia, a que eu queria fazer) e me aconselhou a ligar pra faculdade e perguntar. Misteriosamente, nessas horas meu celular não funciona nem com farofa de frango e vela preta, e lá fui eu pro orelhão mais próximo. Falei com a goretinha da matrícula, que me jurou, pela cabeça decepada de Maria Antonieta, que a procuração é pública. Eu, que não consigo ficar calada, tive que criticar, né? Que o edital não foi claro, que era descabido exigir a presença do aluno pra matricular, procedimento que poderia ser feito perfeitamente pelo correio, ainda mais o curso sendo A DISTANCIA e tal, e goretinha respondeu o quê? Um doce pra quem disse "mas esses são os procedimentos". Ah, os procedimentos! Dificultando sua vida desde 1527.
Inconformada, saí bufando de lá e fui pro ponto de ônibus, que perdi, é claro, porque desgraça pouca é bobagem.
Claaaaaro que cheguei em casa e fui DIRETO no Fale Conosco da faculdade, com sangue nozóio, e desci a lenha. De modos que nem me matriculei e já devo ser odiada pelo Coordenador do curso.
Findando tudo, acabei sacolejando num ônibus que saiu de BH às 22h, cheguei lá às 6h, esperei a faculdade abrir às 8h, e fiz a minha matrícula. Depois, peguei outro ônibus de volta às 12h e cheguei às 22h. Dezoito horas de viagem para entregar 7 folhas de xerox e assinar 1 folha. Agora, reflitam comigo:
1 - O Curso é a distância, os documentos para matrícula eram alguns xerox e histórico escolar. Por que, meu deus, por que isso não poderia ter sido enviado pelo correio?
2 - O curso é voltado para funcionários públicos, que em sua maioria, trabalham de segunda a sexta de 8h a 18h. Por que a faculdade escolhe 2 dias ÚTEIS para matrícula, em horário comercial, sendo obrigatoriamente feita em Berrlandia, considerando-se que a maioria dos alunos nem vai cursar no polo de lá, e sim nos outros 5 ou 6 polos em difeentes cidades mineiras? Tipo, os funcionários iam perder com certeza um dia de trabalho só pra cumprir os malfadados procedimentos...
São muitos mistérios, queridos amiguinhos, que estão muito além do meu entendimento. Quem sabe depois de mais 18 encarnações, quando serei um ser de luz, evoluído espiritualmente, eu consiga penetrar nessa obscura esfera do conhecimento humano...
Mas nossa saga ainda não acabou! Quando voltei a BH, vi um anúncio que foi postado no site da faculdade, exatamente no dia em que eu estava lá me matriculando, em que a faculdade oferecia um modelo de procuração PARTICULAR para quem não podia ir pessoalmente.
Agora já posso pegar minha faquinha de manteiga pra cortar os pulsos?
Bem, pra começar, eu não estava querendo chacoalhar num busu daqui até Berrrlandia, por 9h, só pra chegar lá assinar meia duzia de papéis e voltar (mais 9h de busu). Então, achei uma boa e generosa alma (obrigada, Vivi!) que se dispôs a fazer a matrícula por procuração. No edital estava previsto esta possibilidade, dizendo que a procuração deve ser "feita em cartório". De posse do número dos documentos da Vivi, fui pro cartório fazer a abençoada procuração. Ni qui uma funcionária muito solícita (noooot!) e com uma vontade de trabalhar que deu até medo, falou que não podia fazer a procuração sem a cópia dos documentos da Vivi. Como assim, Bial? Não daria tempo da Vivi me mandar cópia de documento nenhum, e por que raios precisava da cópia dos documentos?? Eu não estava lá dando os números pra ela? Mas aí a funcionária "exemplo" falou que procuração pública é assim. Então, tá, cara-pálida. Muito puta dentro da minha calça Renner, fui procurar outro cartório, porque, né?, 9h de ônibus e tal. Aí a tia do outro cartório, muito mais disposta a ajudar, me disse que pelo edital não dava pra saber se a procuração era pública (que precisa de cópias de documento) ou particular (que não precisa de cópia, a que eu queria fazer) e me aconselhou a ligar pra faculdade e perguntar. Misteriosamente, nessas horas meu celular não funciona nem com farofa de frango e vela preta, e lá fui eu pro orelhão mais próximo. Falei com a goretinha da matrícula, que me jurou, pela cabeça decepada de Maria Antonieta, que a procuração é pública. Eu, que não consigo ficar calada, tive que criticar, né? Que o edital não foi claro, que era descabido exigir a presença do aluno pra matricular, procedimento que poderia ser feito perfeitamente pelo correio, ainda mais o curso sendo A DISTANCIA e tal, e goretinha respondeu o quê? Um doce pra quem disse "mas esses são os procedimentos". Ah, os procedimentos! Dificultando sua vida desde 1527.
Inconformada, saí bufando de lá e fui pro ponto de ônibus, que perdi, é claro, porque desgraça pouca é bobagem.
Claaaaaro que cheguei em casa e fui DIRETO no Fale Conosco da faculdade, com sangue nozóio, e desci a lenha. De modos que nem me matriculei e já devo ser odiada pelo Coordenador do curso.
Findando tudo, acabei sacolejando num ônibus que saiu de BH às 22h, cheguei lá às 6h, esperei a faculdade abrir às 8h, e fiz a minha matrícula. Depois, peguei outro ônibus de volta às 12h e cheguei às 22h. Dezoito horas de viagem para entregar 7 folhas de xerox e assinar 1 folha. Agora, reflitam comigo:
1 - O Curso é a distância, os documentos para matrícula eram alguns xerox e histórico escolar. Por que, meu deus, por que isso não poderia ter sido enviado pelo correio?
2 - O curso é voltado para funcionários públicos, que em sua maioria, trabalham de segunda a sexta de 8h a 18h. Por que a faculdade escolhe 2 dias ÚTEIS para matrícula, em horário comercial, sendo obrigatoriamente feita em Berrlandia, considerando-se que a maioria dos alunos nem vai cursar no polo de lá, e sim nos outros 5 ou 6 polos em difeentes cidades mineiras? Tipo, os funcionários iam perder com certeza um dia de trabalho só pra cumprir os malfadados procedimentos...
São muitos mistérios, queridos amiguinhos, que estão muito além do meu entendimento. Quem sabe depois de mais 18 encarnações, quando serei um ser de luz, evoluído espiritualmente, eu consiga penetrar nessa obscura esfera do conhecimento humano...
Mas nossa saga ainda não acabou! Quando voltei a BH, vi um anúncio que foi postado no site da faculdade, exatamente no dia em que eu estava lá me matriculando, em que a faculdade oferecia um modelo de procuração PARTICULAR para quem não podia ir pessoalmente.
Agora já posso pegar minha faquinha de manteiga pra cortar os pulsos?
quarta-feira, 23 de março de 2011
Antes de tudo, preciso explicar o que é mudinha:
Mudinha = roupa velha que você usa pra ficar em casa. Tipo aquela calça de moleton da Educação Física do colegial que você usa pra fazer faxina, sabe?, junto com a camiseta amarelo-ovo que era do seu marido mais aquela bandana que foi moda nos anos 90 amarrando os cabelos. Eu sei, é medonho. E ser medonha (e confortável) é tudo que se espera de uma mudinha.
Isto posto, posso falar que estou LOUCA DENTRO DA MUDINHA correndo atrás de documento pra fazer a minha matrícula na faculdade, terminando a abençoada declaraçao de imposto de renda de toda a família e tenho uma maratona de concurso no domingo (2 provas no mesmo dia). Tudo isso sem deixar o arroz queimar, né? Creuza's life não é escolha, é destino.
Mas não desistam, em breve eu volto, tenho tanta coisa pra escrever!
Mudinha = roupa velha que você usa pra ficar em casa. Tipo aquela calça de moleton da Educação Física do colegial que você usa pra fazer faxina, sabe?, junto com a camiseta amarelo-ovo que era do seu marido mais aquela bandana que foi moda nos anos 90 amarrando os cabelos. Eu sei, é medonho. E ser medonha (e confortável) é tudo que se espera de uma mudinha.
Isto posto, posso falar que estou LOUCA DENTRO DA MUDINHA correndo atrás de documento pra fazer a minha matrícula na faculdade, terminando a abençoada declaraçao de imposto de renda de toda a família e tenho uma maratona de concurso no domingo (2 provas no mesmo dia). Tudo isso sem deixar o arroz queimar, né? Creuza's life não é escolha, é destino.
Mas não desistam, em breve eu volto, tenho tanta coisa pra escrever!
segunda-feira, 21 de março de 2011
Vocês lembra que eu disse que vinha contar se passei no vestibular?? Só digo que:
Ih, foi mal, a minha é federal!
É à distância, mas é federal.
Eram só 10 por vaga, mas é federal.
É a federal de Uberlândia, mas é federal.
É um curso meio cata marido, mas é federal.
E agora eu vou pagar meia no cinema DE VERDADE!!!
Ih, foi mal, a minha é federal!
É à distância, mas é federal.
Eram só 10 por vaga, mas é federal.
É a federal de Uberlândia, mas é federal.
É um curso meio cata marido, mas é federal.
E agora eu vou pagar meia no cinema DE VERDADE!!!
sábado, 19 de março de 2011
Se eu fosse escritora, diria que é um bloqueio criativo. Se eu fosse eu há alguns anos, diria que foi um cigarrinho do capeta. Se estivesse trabalhando, diria que é estresse. Mas como sou apenas uma lamentável dona-de-casa, deve ser preguiça mesmo.
Mas há luz no fim o túnel: assaltei a estante dascriança, li A Vida Íntima de Laura e estou lendo o primeiro volume das Desventuras em Série. Em seguida, vou ler Não Me Abandone Jamais e Maria Antonieta. Talvez depois de ler tudo isso, eu tenha alguma coisa pra escrever. Ou não. Talvez eu finalmente perceba que não posso chamar isso aqui de escrever, quem sabe?
Mas eu prometo voltar pelo menos pra falar sobre os livros. Aliás, estou fazendo a minha estante no Skoob, aos poucos, e se você quiser saber mais sobre minhas leituras, pode me adicionar lá. Eu te aceito, mesmo sem scrap (exceto se você for Jesus...).
Mas há luz no fim o túnel: assaltei a estante dascriança, li A Vida Íntima de Laura e estou lendo o primeiro volume das Desventuras em Série. Em seguida, vou ler Não Me Abandone Jamais e Maria Antonieta. Talvez depois de ler tudo isso, eu tenha alguma coisa pra escrever. Ou não. Talvez eu finalmente perceba que não posso chamar isso aqui de escrever, quem sabe?
Mas eu prometo voltar pelo menos pra falar sobre os livros. Aliás, estou fazendo a minha estante no Skoob, aos poucos, e se você quiser saber mais sobre minhas leituras, pode me adicionar lá. Eu te aceito, mesmo sem scrap (exceto se você for Jesus...).
segunda-feira, 14 de março de 2011
quarta-feira, 9 de março de 2011
O livro do carnaval
Durante o Carnaval (de muita chuva), quem me fez companhia foi o livro A sociedade literária e a torta de casca de batata, de Mary Ann Shaffer e Annie Barrows. É claro que, independente da chuva, eu teria passado todo o tempo em casa lendo, afinal o que mais eu poderia querer num feriadão onde, ao botar o nariz na porta, eu seria estapeada com a mais nova aberração em forma de música "da bahia"? Para que eu iria fazer exposiçao da minha figura pelo mercado, atulhado de goretes, projetos de piriguete e manos? Anyway, carnaval é ótimo pra ficar em casa lendo, ainda mais com chuva torrencial, que foi o caso. Somado a isso, tivemos brigadeiro de colher e filmes, configurando assim as condições ideais de pressão e temperatura do meu mundo perfeito. Ai, ai, a perfeição... Pena que acaba, assim como o livro. Que também era perfeito.
Então, vamos ao que interessa: o livro, como já disse, foi indicação da Fal. E quando a Fal indica, meus amores, eu leio. A Fal me salva da lista de mais vendidos da Veja (porque convenhamos, eu quase nunca quero ler o que está lá). E este livro me deu certa preguiça, porque é um romance epistolar e ler cartas (inventadas) realmente nunca me atraiu. Mas eu mal li a primeira carta e já fiquei absolutamente apaixonada. Trata-se da história de Juliet, escritora em busca de assunto para outro livro, que acaba recebendo uma carta de um habitante da ilha de Guernsey, membro da tal Sociedade Literária. Ela passa a se corresponder com este homem e com outros habitantes da ilha, que lhe contam histórias sobre o período da ocupação alemã (a história se passa em 1946, após o fim da Segunda Guerra). Juliet fica tão encantada com as histórias de gentilezas, de companheirismo, de pessoas que mal se conheciam mas se apoiaram e descobriram nos vizinhos antes isolados verdadeiros amigos que decide conhecê-los pessoalmente. A partir daqui não conto mais, só digo que é um livro com gosto de bolo de chocolate quente comido na casa da vovó.
O livro tem um defeito: só tem 300 páginas - eu li num espirro e fiquei com um imenso luto literário (é o sentimento que tenho quando termino um ótimo livro, uma mistura de saudade dos personagens e raiva de ter menos um livro ótimo no mundo pra eu ler).
Leia sem moderação!!
E agora alguém pode me indicar outro livro bom para esta Creuza?
Então, vamos ao que interessa: o livro, como já disse, foi indicação da Fal. E quando a Fal indica, meus amores, eu leio. A Fal me salva da lista de mais vendidos da Veja (porque convenhamos, eu quase nunca quero ler o que está lá). E este livro me deu certa preguiça, porque é um romance epistolar e ler cartas (inventadas) realmente nunca me atraiu. Mas eu mal li a primeira carta e já fiquei absolutamente apaixonada. Trata-se da história de Juliet, escritora em busca de assunto para outro livro, que acaba recebendo uma carta de um habitante da ilha de Guernsey, membro da tal Sociedade Literária. Ela passa a se corresponder com este homem e com outros habitantes da ilha, que lhe contam histórias sobre o período da ocupação alemã (a história se passa em 1946, após o fim da Segunda Guerra). Juliet fica tão encantada com as histórias de gentilezas, de companheirismo, de pessoas que mal se conheciam mas se apoiaram e descobriram nos vizinhos antes isolados verdadeiros amigos que decide conhecê-los pessoalmente. A partir daqui não conto mais, só digo que é um livro com gosto de bolo de chocolate quente comido na casa da vovó.
O livro tem um defeito: só tem 300 páginas - eu li num espirro e fiquei com um imenso luto literário (é o sentimento que tenho quando termino um ótimo livro, uma mistura de saudade dos personagens e raiva de ter menos um livro ótimo no mundo pra eu ler).
Leia sem moderação!!
E agora alguém pode me indicar outro livro bom para esta Creuza?
sexta-feira, 4 de março de 2011
Eu acredito:
- na infinita capacidade das pessoas fazerem merda
- que tudo vai dar certo
- na Ciência
- que alguns homens são fieis
- na existencia de loulous e outros seres vampirescos
- que a literatura salva
- na previsão do tempo
- no horóscopo da Susan Miller
- no Google Maps
Eu não acredito:
- em Deus
- no que dizem as loulous
- em mulheres que se casam virgens
- em pessoas que aparentam ter uma vida perfeita
- em receita de bolo
- em padres e líderes religiosos
- em pessoas de sucesso que dizem nunca terem imaginado fazer sucesso
- que um dia conseguirei malhar e ter um corpo minimamente definido
- na infinita capacidade das pessoas fazerem merda
- que tudo vai dar certo
- na Ciência
- que alguns homens são fieis
- na existencia de loulous e outros seres vampirescos
- que a literatura salva
- na previsão do tempo
- no horóscopo da Susan Miller
- no Google Maps
Eu não acredito:
- em Deus
- no que dizem as loulous
- em mulheres que se casam virgens
- em pessoas que aparentam ter uma vida perfeita
- em receita de bolo
- em padres e líderes religiosos
- em pessoas de sucesso que dizem nunca terem imaginado fazer sucesso
- que um dia conseguirei malhar e ter um corpo minimamente definido
quarta-feira, 2 de março de 2011
Susan Miller* diz que a Creuza desempregada vai encontrar um novo trabalho rapidinho. Que ótimo, a Creuza pensa. Mas aí ela continua dizendo que será algo semelhante ao que fazia antes, ou seja, serviço de corno. Porra, Susan! Além disso, ainda fala que Urano em movimento na minha sétima casa trará várias loulous pra minha vida. E tudo que eu preciso pra minha vida é mais uma rodada de loulous me atazanando, não é, minha gente? É muito sofrimento na vida da pessoa! Mas eu mereço, com certeza eu mereço! Como diz a Fernanda, eu piquei salsinha na tábua dos dez mandamentos.
*Não conhece a Susan Miller? Ora, joga no Google!
*Não conhece a Susan Miller? Ora, joga no Google!
terça-feira, 1 de março de 2011
Você é demitida, fica suuuuper feliz de se livrar de um trabalho de corno, e dorme tranquila todos os dias pensando que nunca mais, NUNCA MAIS na história deste país terá que ouvir a voz da sua (thanks, god!) ex-chefe. Mas eis que um dia, enquanto você faz uma faxina, com a vassoura na mão, escuta o telefone tocar e atende sem olhar quem ligou, e ouve aquela voz dizendo que precisa de um favor. Essa expressão aliada à voz irritante provocam medo, pânico, taquicardia, palpitación, todos os sintomas que você tinha quando estava de folga e esta mesma pessoa ligava dizendo a mesma coisa. Mas, espera aí, precisando de mim? Como assim, Bial? Eu fui de-mi-ti-da!!! E qual é a vantagem de ter sido demitida se eu tenho que continuar ouvindo essa voz me pedindo a folha de ponto de janeiro de 1816? Sorry, periferia, mas não tenho a folha de ponto do ano de morte de Maria, a louca. E, por favor, não me ligue mais. Não é legal ouvir sua voz. Muito menos pedindo favores.
É difícil arrumar assunto pra escrever todo santo dia, visto que "todo dia ela faz tudo sempre igual..." Essa talvez seja a pior parte de ser Creuza. Mentira, a pior parte é fazer "di cumê" e lavar louça.
Ontem comecei a assistir Além da Vida, do Clint, mas acabei dormindo. Não que o filme seja ruim, mas eu comecei a ver tarde e não aguentei. Daí hoje marido fala que assistiu, que o final é sem graça e (ATENÇÃO: ALERTA DE SPOILER) a mulher encontra o menino e o filme acaba. Porra, marido! Agora sabe quando eu vou animar terminar de assistir o filme? Pois é, e eu esperei tanto pra baixá-lo...
Update: ninguém perguntou, mas vou contar o segundo (infelizmente ainda não último) capítulo da novela do FGTS. Então a Wakeful tinha prometido o dito cujo pra depois do dia 20/02 e me deu tomé, né? Aí falei com o DP e DP disse que estava tudo certo, mas que "ia verificar". No dia seguinte, chega um novo comprovante de depósito com o aviso de que estaria disponível a partir do dia 02/03. Donde se conclui que: Wakeful vai mal das pernas e não tinha dinheiro pra honrar o depósito agendado para 20/02, mas ficou caladinha porque, né, se colar, colou. Como a Creuza faz feira e conta até quantos centavos a banana-prata aumentou, imagina se ia ficar calada na falta de tantos dinheiros em sua conta! E depois da reclamação, Wakeful fez novo agendamento de depósito. Vamos agora orar para ter dinheiro no caixa e eu sair rica da minha próxima visita à Caixa... Tenho sofrido, viu?
Ontem comecei a assistir Além da Vida, do Clint, mas acabei dormindo. Não que o filme seja ruim, mas eu comecei a ver tarde e não aguentei. Daí hoje marido fala que assistiu, que o final é sem graça e (ATENÇÃO: ALERTA DE SPOILER) a mulher encontra o menino e o filme acaba. Porra, marido! Agora sabe quando eu vou animar terminar de assistir o filme? Pois é, e eu esperei tanto pra baixá-lo...
Update: ninguém perguntou, mas vou contar o segundo (infelizmente ainda não último) capítulo da novela do FGTS. Então a Wakeful tinha prometido o dito cujo pra depois do dia 20/02 e me deu tomé, né? Aí falei com o DP e DP disse que estava tudo certo, mas que "ia verificar". No dia seguinte, chega um novo comprovante de depósito com o aviso de que estaria disponível a partir do dia 02/03. Donde se conclui que: Wakeful vai mal das pernas e não tinha dinheiro pra honrar o depósito agendado para 20/02, mas ficou caladinha porque, né, se colar, colou. Como a Creuza faz feira e conta até quantos centavos a banana-prata aumentou, imagina se ia ficar calada na falta de tantos dinheiros em sua conta! E depois da reclamação, Wakeful fez novo agendamento de depósito. Vamos agora orar para ter dinheiro no caixa e eu sair rica da minha próxima visita à Caixa... Tenho sofrido, viu?
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Creuza volta para casa achando que uma semana se passou entre ida para Uberlandia e volta para BH, mas na verdade foi só 1 dia . Isso é coisa de pobre que não está acostumado a andar de avião, não é?
Fui pra Uberlandia fazer vestibular, again. Em breve conto se passei carão ou passei mesmo. Por enquanto, pela pontuação do gabarito, carão é o mais provável...
E complementando o post anterior, obviamente comprei um livro pra ler: Solar, do Ian McEwan. Assim que terminar, comento. E como já tinha enfiado o pé na jaca, comprei outro pra ler na sequência: A sociedade literária e a torta de casca de banana, indicado pela Fal. Eu sei, eu não tenho jeito. Ficarei velha e pobre, mas terei uma linda biblioteca! Espero não ficar ruim da vista, isso estragaria todos os meus planos de velhice perfeita...
Fui pra Uberlandia fazer vestibular, again. Em breve conto se passei carão ou passei mesmo. Por enquanto, pela pontuação do gabarito, carão é o mais provável...
E complementando o post anterior, obviamente comprei um livro pra ler: Solar, do Ian McEwan. Assim que terminar, comento. E como já tinha enfiado o pé na jaca, comprei outro pra ler na sequência: A sociedade literária e a torta de casca de banana, indicado pela Fal. Eu sei, eu não tenho jeito. Ficarei velha e pobre, mas terei uma linda biblioteca! Espero não ficar ruim da vista, isso estragaria todos os meus planos de velhice perfeita...
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Como não poderia deixar de ser, vou ter que falar aqui sobre meu vício, não tem outro jeito. Vício, vocês sabem, toma conta da vida da gente e não deixa espaço pra mais nada. De modos que este é o primeiro de muitos relatos que virão sobre essa vida sofrida de viciada. Vou recomeçar então, da forma correta:
Oi, eu sou a Livia e estou há 3 dias sem ler. E só por hoje eu vou tentar não ler nenhum livro (que não seja de concurso, né?). Mas é só por hoje meeeeesmo, porque amanhã passarei 2 horas esperando uma conexão no aeroporto e SEM CHANCES de não ler nesse período!
E o últimocigarrinho do capeta que fumei livro que li foi "O mundo pós aniversário", da Lionel Shriver. A Lionel (sim, é uma mulher) também escreveu um dos livros mais incríveis que já li: Precisamos falar sobre Kevin. Sobre este falo mais depois, porque ele é muuuuito bom e merece um relato exclusivo.
Em O mundo pós-aniversário, a autora conta a história de uma mulher casada, Irina, que em determinado momento tem uma escolha a fazer: beijar ou não um outro homem. A partir deste ponto, a autora escreve as duas versões da história, contando o que aconteceu após o beijo, e também o que aconteceu após o não-beijo. A forma como as histórias são conduzidas não nos permite identificar qual delas é a melhor, qual o "caminho certo". Na forma de pequenos detalhes, as duas versões se entrelaçam, e a personagem parece conseguir vislumbrar a outra vida que preteriu.
Falando assim, parece uma história clichê, mas está bem longe de ser. A história é muito bem construída, assim como os personagens, e é difícil não se identificar com as atitudes e pensamentos da protagonista. Além do mais, é muito reconfortante poder confrontar dois desdobramentos de uma escolha e perceber que nenhum é melhor que o outro, são apenas diferentes caminhos, cada um com suas pedras.
Quem estiver vivendo um momento parecido, precisando fazer escolhas, deve ler! Não vai te ajudar a escolher nem decidir, mas vai te ajudar a perceber que não existe "escolha certa".
Oi, eu sou a Livia e estou há 3 dias sem ler. E só por hoje eu vou tentar não ler nenhum livro (que não seja de concurso, né?). Mas é só por hoje meeeeesmo, porque amanhã passarei 2 horas esperando uma conexão no aeroporto e SEM CHANCES de não ler nesse período!
E o último
Em O mundo pós-aniversário, a autora conta a história de uma mulher casada, Irina, que em determinado momento tem uma escolha a fazer: beijar ou não um outro homem. A partir deste ponto, a autora escreve as duas versões da história, contando o que aconteceu após o beijo, e também o que aconteceu após o não-beijo. A forma como as histórias são conduzidas não nos permite identificar qual delas é a melhor, qual o "caminho certo". Na forma de pequenos detalhes, as duas versões se entrelaçam, e a personagem parece conseguir vislumbrar a outra vida que preteriu.
Falando assim, parece uma história clichê, mas está bem longe de ser. A história é muito bem construída, assim como os personagens, e é difícil não se identificar com as atitudes e pensamentos da protagonista. Além do mais, é muito reconfortante poder confrontar dois desdobramentos de uma escolha e perceber que nenhum é melhor que o outro, são apenas diferentes caminhos, cada um com suas pedras.
Quem estiver vivendo um momento parecido, precisando fazer escolhas, deve ler! Não vai te ajudar a escolher nem decidir, mas vai te ajudar a perceber que não existe "escolha certa".
Eu tenho medo de gente doida, muuuuito medo! E quanto mais medo eu tenho, mais gente doida me aparece, obviamente. O engraçado é que as pessoas doidas seguem um padrão (ao menos as que se aproximam de mim), e está ficando mais fácil identificar e me afastar: são do sexo feminino, geralmente (auto e descontroladamente) medicadas e com uma cor específica de cabelo. Se vocês algum dia identificarem as características acima citadas em alguém próximo, corram para as colinas!!!
Fato é que a Creuza aqui esquece de correr ás vezes, e acha que já é madura e adulta e conseguirá lidar com a criatura insana, mas Creuzinha esquece que pra lidar com doido tem que ser doido também, e Creuzinha é de um tudo nessa vida, menos doida. O que acontece então? Creuza sifode, always.
Nos últimos tempos sofri uma overdose dessas criaturas e foi quando, numa epifania, nomeei estes espécimes que tanto bagunçam a minha vida: loulous. "Por que loulou, tia Creuza?" você deve estar se perguntando, caro leitor, e eu respondo: tire suas próprias conclusões, porque eu já tenho um carro arranhado, não quero sofrer um capotamento na MG-050 e morrer na flor da idade. Quem cuidaria dascriança?
Fato é que a Creuza aqui esquece de correr ás vezes, e acha que já é madura e adulta e conseguirá lidar com a criatura insana, mas Creuzinha esquece que pra lidar com doido tem que ser doido também, e Creuzinha é de um tudo nessa vida, menos doida. O que acontece então? Creuza sifode, always.
Nos últimos tempos sofri uma overdose dessas criaturas e foi quando, numa epifania, nomeei estes espécimes que tanto bagunçam a minha vida: loulous. "Por que loulou, tia Creuza?" você deve estar se perguntando, caro leitor, e eu respondo: tire suas próprias conclusões, porque eu já tenho um carro arranhado, não quero sofrer um capotamento na MG-050 e morrer na flor da idade. Quem cuidaria dascriança?
E hoje a Creuza vai buscar ascriança na escola e raspa a lateral do carro na garagem... Que beleza, Creuza!
Como diz meu marido, filósofo e estudioso das culturas ocidentais, "pão de pobre sempre cai com a manteiga virada pra baixo". Conclusão a que ele chegou após exaustivos ensaios físico-cinéticos, mecânicos e matemáticos, claro!
Então, infelizmente, Florence, the dog´s days are not over. YET!
PS - Aposto que a culpa é das loulou!
Como diz meu marido, filósofo e estudioso das culturas ocidentais, "pão de pobre sempre cai com a manteiga virada pra baixo". Conclusão a que ele chegou após exaustivos ensaios físico-cinéticos, mecânicos e matemáticos, claro!
Então, infelizmente, Florence, the dog´s days are not over. YET!
PS - Aposto que a culpa é das loulou!
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Frases que você não verá no twitter da Creuza:
"Fazendo hora extra"
"Contagem regressiva para as férias!!!!"
"Under pressure"
"Graças a Deus é sexta-feira!"
"Oba! Contra-cheque chegou!!"
"Socorro! Meu chefe está no twitter!"
"Uhuuu! Fui promovida!!!"
"Lendo 'Não tenha medo de ser chefe', do Bruce Tulgan."
"Contagem regressiva para as férias!!!!"
"Under pressure"
"Graças a Deus é sexta-feira!"
"Oba! Contra-cheque chegou!!"
"Socorro! Meu chefe está no twitter!"
"Uhuuu! Fui promovida!!!"
"Lendo 'Não tenha medo de ser chefe', do Bruce Tulgan."
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Já que a Ana quer tanto, vou falar da Chanel...
A Ana vai fazer umdos 12 trabalhos de Hércules trabalho de conclusão de curso na faculdade de Moda: pegar uma pessoa que é praticamente a Betty, a Feia e fazer dela uma criatura elegante. Mas prestenção: a pessoa é FEIA e DESELEGANTE, e não uma bonitona disfarçada com aparelho nos dentes e permanete no cabelo. Tanto é que a pessoa nem tem aparelho e tem cabelo liso. Pense numa pessoa que nem trajando Armani estaria bem vestida, porque derruba qualquer - eu disse QUALQUER - modelito. Daí que se a Ana conseguir esta proeza, Mademoiselle Chanel levanta do túmulo, sacode a terra do tailleur e entrega o diploma pra Ana, em mãos! E Anna Wintour, da platéia, seca uma lágrima furtiva com um lencinho Hermés...
Mas como eu disse, Ana, esquece... Um mero estilista não resolve a vida dessa pessoa. Isso envolveria uma equipe multidisciplinar: cirurgião plástico, ortopedista, esteticista, dermatologista, professor de pilates e principalmente, um psicoterapeuta. Não é pra você, amiga!
A Ana vai fazer um
Mas como eu disse, Ana, esquece... Um mero estilista não resolve a vida dessa pessoa. Isso envolveria uma equipe multidisciplinar: cirurgião plástico, ortopedista, esteticista, dermatologista, professor de pilates e principalmente, um psicoterapeuta. Não é pra você, amiga!
Hoje fui sacar meu mui lindo e adorado FGTS. Cheguei na Caixa toda si querendo, trabalhada no carão e fazendo pose de rica (afinal, dali a alguns minutos eu estaria praticamente milionária). Ni qui o hominho da Caixa me olha e fala que a Wakeful (vamos dizer que este era o nome do meu último local de trabalho, hehehe) NÃO DEPOSITOU 2 meses do meu mui lindo e adorado FGTS!!!! Porra, Wakeful! Como é que a Creuza vai botar na mesa o danoninho nosso de cada dia? Ai, que sofrimento!
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Post 1
Então, este é o primeiro post da minha segunda experiência com blogs. Eu sei que estou seguindo na contra-mão (é assim? tem hífen?), que eu deveria fazer um perfil no twitter e tals, mas 140 caracteres, meu camarada??? Sorry, mas ainda não atingi o degrau evolutivo da concisão textual, por isso vou de blog mesmo.
Por várias decisões que tomei e por caminhos que escolhi na vida, aconteceu de estar hoje: 1-desempregada e 2-cuidando da casa; condições que juntas perfazem o que covencionou-se (na verdade, EU convencionei) chamar Creuza's life, ou vida de Creuza, ou o popular e consagrado dona-de-casa. Daí o título do blog: a pior dona-de-casa do Brasil. Porque eu não sei tirar o encardido de uma camisa branca, não sei como deixar a geladeira cheirosa, não sei dobrar calcinhas em forma de flor e definitivamente não sei fazer suflê de chuchu (apesar de adorar comer). Neste momento, resolvi escrever principalmente porque, sendo Creuza - uma criatura cujo dia-a-dia se passa dentro das 4 paredes do santo lar, em reclusão - foi a forma que encontrei para me manter conectada com o resto do mundo. Não tenho mais a companhia diária das amigas pra comentar sobre a roupa da nova funcionária do financeiro, nem dá pra ficar trocando pelo skype as impressões sobre o último livro lido, muito menos contar por email a última pérola de sabedoria do meu marido, um sábio filósofo e estudioso das culturas ocidentais (#cejura). Escrever será uma forma de conversar com os amigos, porque será para eles que vou escrever e como meus leitores (ai daquele que não for!) poderão continuar se deleitando com minhas sábias palavras e filosofia de vida (ahã, Claudia!).
Resumindo: espero gastar aqui um pouco das 20 mil palavras diárias que uma mulher fala, poupando meu marido de ser o único (e possivelmente enlouquecido) ouvinte.
E prestenção, criatura!!!! Se liga no título: a P-I-O-R dona-de-casa do Brasil. Você não vai vir aqui procurar dicas de limpeza de banheiro, né?
Por várias decisões que tomei e por caminhos que escolhi na vida, aconteceu de estar hoje: 1-desempregada e 2-cuidando da casa; condições que juntas perfazem o que covencionou-se (na verdade, EU convencionei) chamar Creuza's life, ou vida de Creuza, ou o popular e consagrado dona-de-casa. Daí o título do blog: a pior dona-de-casa do Brasil. Porque eu não sei tirar o encardido de uma camisa branca, não sei como deixar a geladeira cheirosa, não sei dobrar calcinhas em forma de flor e definitivamente não sei fazer suflê de chuchu (apesar de adorar comer). Neste momento, resolvi escrever principalmente porque, sendo Creuza - uma criatura cujo dia-a-dia se passa dentro das 4 paredes do santo lar, em reclusão - foi a forma que encontrei para me manter conectada com o resto do mundo. Não tenho mais a companhia diária das amigas pra comentar sobre a roupa da nova funcionária do financeiro, nem dá pra ficar trocando pelo skype as impressões sobre o último livro lido, muito menos contar por email a última pérola de sabedoria do meu marido, um sábio filósofo e estudioso das culturas ocidentais (#cejura). Escrever será uma forma de conversar com os amigos, porque será para eles que vou escrever e como meus leitores (ai daquele que não for!) poderão continuar se deleitando com minhas sábias palavras e filosofia de vida (ahã, Claudia!).
Resumindo: espero gastar aqui um pouco das 20 mil palavras diárias que uma mulher fala, poupando meu marido de ser o único (e possivelmente enlouquecido) ouvinte.
E prestenção, criatura!!!! Se liga no título: a P-I-O-R dona-de-casa do Brasil. Você não vai vir aqui procurar dicas de limpeza de banheiro, né?
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