quarta-feira, 9 de março de 2011

O livro do carnaval

Durante o Carnaval (de muita chuva), quem me fez companhia foi o livro A sociedade literária e a torta de casca de batata, de Mary Ann Shaffer e Annie Barrows. É claro que, independente da chuva, eu teria passado todo o tempo em casa lendo, afinal o que mais eu poderia querer num feriadão onde, ao botar o nariz na porta, eu seria estapeada com a mais nova aberração em forma de música "da bahia"? Para que eu iria fazer exposiçao da minha figura pelo mercado, atulhado de goretes, projetos de piriguete e manos? Anyway, carnaval é ótimo pra ficar em casa lendo, ainda mais com chuva torrencial, que foi o caso. Somado a isso, tivemos brigadeiro de colher e filmes, configurando assim as condições ideais de pressão e temperatura do meu mundo perfeito. Ai, ai, a perfeição... Pena que acaba, assim como o livro. Que também era perfeito.

Então, vamos ao que interessa: o livro, como já disse, foi indicação da Fal. E quando a Fal indica, meus amores, eu leio. A Fal me salva da lista de mais vendidos da Veja (porque convenhamos, eu quase nunca quero ler o que está lá). E este livro me deu certa preguiça, porque é um romance epistolar e ler cartas (inventadas) realmente nunca me atraiu. Mas eu mal li a primeira carta e já fiquei absolutamente apaixonada. Trata-se da história de Juliet, escritora em busca de assunto para outro livro, que acaba recebendo uma carta de um habitante da ilha de Guernsey, membro da tal Sociedade Literária. Ela passa a se corresponder com este homem e com outros habitantes da ilha, que lhe contam histórias sobre o período da ocupação alemã (a história se passa em 1946, após o fim da Segunda Guerra). Juliet fica tão encantada com as histórias de gentilezas, de companheirismo, de pessoas que mal se conheciam mas se apoiaram e descobriram nos vizinhos antes isolados verdadeiros amigos que decide conhecê-los pessoalmente. A partir daqui não conto mais, só digo que é um livro com gosto de bolo de chocolate quente comido na casa da vovó.

O livro tem um defeito: só tem 300 páginas - eu li num espirro e fiquei com um imenso luto literário (é o sentimento que tenho quando termino um ótimo livro, uma mistura de saudade dos personagens e raiva de ter menos um livro ótimo no mundo pra eu ler).

Leia sem moderação!!
E agora alguém pode me indicar outro livro bom para esta Creuza?

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