quarta-feira, 13 de abril de 2011

Alguém fora da Matrix, por favor...

Há pouco tempo assisti ao polêmico documentário Zeitgeist, famoso por questionar algumas verdades, como a existência de Jesus e outras coisas. Sendo que uma dessas outras coisas é o atentado às Torres Gêmeas. É claro que cheira a pura teoria da conspiração, Illuminatti e todos esses blá-blá-blás que proliferam igual bactéria na esponja de lavar louça, mas de qualquer forma gastei algumas horas do meu tempo que tenho de sobra precioso thinking about.
Essa história de conspiração e "verdades ocultas" me fizeram lembrar do filme Matrix, que vai um pouco além na imaginção fértil e mostra o mundo dominado por máquinas, que mantem os humanos entorpecidos em cápsulas com cérebros conectados a uma rede que simula a realidade (Matrix).

Será que não vivemos dentro dessa rede mesmo? Eu não quero ser o novo Neo pra descobrir, se realmente estamos na Matrix eu é que não vou deixar enfiar um cabo usb gigante na minha nuca pra descobrir, no way! Mas também não posso concordar com tudo porque, se existe Matrix, existe algum programador que criou essa realidade alternativa, e alguma cagada ele fez, porque né, ao invés de me fazer no padrão gado-básico-feminino ele me criou sabendo fazer uma meia duzia de sinapses a mais e agora estou aqui, criticando sua obra (cof, cof) perfeita. Se eu estou realmente num casulo ligada a um monte de fios, tendo minha energia sugada para... para que mesmo?? Enfim, se eu estou lá anestesiada e toda essa realidade foi inventada, quero ter algumas palavrinhas com o programador. Neo, está me ouvindo?? Você pode mandar o recado, please? QUERO FALAR COM O PROGRAMADOR!!! Vou escrever aqui minha cartinha e você entrega pra ele, tá?

Caro Programador,

Por que eu não sou uma feliz Gorete padrão gado-básico-feminino, analfabeta funcional, vestida com calças da Gang, pneuzinhos sobrando na cintura, pilce no imbigo, calota craniana praticamente corroída pela água oxigenada, mãe aos 13 de um gado-básico-bebê chamado Maicon Hailley, abandonada pelo pai dele, Josielson Kleiber? Eu seria feliz, Sr. Programador,  xingando a criança, comendo linguiça, ouvindo o Créu no último volume (e velocidade) até finalmente ficar surda aos 28 anos. A vida seria simples, eu só teria que me preocupar em pintar a raíz do cabelo de 6 em 6 meses, alimentar o Maicon de 6 em 6 horas e em descer até o chão-chão-chão sempre que um gado-básico-masculino se aproximasse... Não estaria aqui questionando a existência de uma realidade alternativa, nem pensando em que livro ler, nem arrancando os cabelos preocupada com a educação e o futuro do meu filho e com as contas a pagar. Matrix, para mim, seria um filme com umas cenas de tiro em câmera lenta doidonas, e nada mais. Mas veja, Sr. Programador, o que aconteceu: eu não estou feliz com essa realidade! Você fez algo errado, é óbvio. Quero dizer, você não, eu sei que na verdade quem fez a cagada foi o estagiário, que você só saiu pra tomar um cafezinho e quando voltou o estagiário fez cara de orgulho e disse que "Já adiantei tudo, está pronto!", e você, cansado, depois de programar a vidinha miserável de tantos seres humanos, resolveu dar um voto de confiança pro moleque e acreditou. Tsc, tsc, Sr. Programador... Por causa de deslizes como estes que você acaba recebendo cartinhas como esta.
Agora que eu já sei de tudo, pense no perigo se eu sair divulgando a verdade por aí, caro Programador? Imagine toda a população insatisfeita com sua realidade particular e fazendo manifestos? Imagine reprogramar tudo de novo??? Você não vai querer, vai? Ainda mais depois de ter dispensado o estagiário por motivos óbvios...
Mas veja só, ironicamente, graças ao estagiário, que me deu capacidade de fazer umas sinapsezinhas a mais, eu tenho a solução pra você: um acordo, só entre nós, do tipo win-win: você altera uns códigos aí, muda um pouco a minha realidade, eu fico feliz e principalmente calada. Já tenho tudo esquematizado, se liga: você vai mandar um distinto representante de nobres franceses me procurar, em segredo, claro. Este nobre e gentil francês ficará encantadíssimo ao me encontrar, dará graças ao bom deus (mentira, melhor não, melhor ele ser ateu) e me dirá que estão fazendo uma busca, pois souberam que há uma importante descendente da monarquia francesa perdida no Brasil, e que após exaustivas pesquisas chegaram até mim. Então ele colherá amostras genéticas e voltará para a França, prometendo manter contato. Após alguns dias (DIAS, tá? Não meses) ele voltará, e quando eu abrir a porta, fará uma grande mesura, me saldando como a única (e secreta) descendente da Rainha Maria Antonieta. Ele me levará (junto com o restante de minha família REAL) para a França, onde tomarei posse de várias propriedades que foram tomadas de meus antepassados durante a Revolução Francesa. Eu, magnanimamente, abrirei mão de Versailhes, em sinal do meu grande amor pelo povo francês, e seguindo exemplo humilde da ilustre Rainha minha antepassada, preferirei um simples e recolhido castelo em Provence, onde passarei o resto dos dias lendo, cavalgando pelos campos floridos, assistindo o meu filho ter aulas de futebol com Zidane e apoiando meu marido no planejamento de seus prosaicos safáris pela Africa... Assim encontrarei a paz e tranquilidade que mereço após a sofrida vida que levei até aqui.
Admita, Programador: gênio, não sou? Eu sei, não precisa elogiar. Eu simplesmente sei.
Ah, e dessa vez não estraga tudo, tá? Bota o estagiário pra fora e tranca a porta! E ó: tem que ser a Maria Antonieta. Não me venha com Catarina de Aragão que ninguém vai engolir que eu sou descendente de uma digna e piedosa rainha. Vai por mim: ninguém jamais vai duvidar de Maria Antonieta. Posso até citar numa entrevista ao Le Monde: "se não tem pão, que comam barrinha de cereal", que tal?
Então bora? Que dia o gringo chega? Estou "no aguardo".

(nem tão) Cordialmente,

Livia

PS - Olha só, se não rolar esse plano (muita dificuldade operacional, manipulação de imprensa e tal) tenho um plano B: fala aí onde eu digito CTRL+SHIFT+C e me passa uns cheat-codes que tá de boa.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Estatísticas de origem de acesso:

Brasil
: 327
México:
 33
Estados Unidos
: 26
Portugal
: 5
Austrália
: 1
Índia
: 1
Irã
: 1
Itália:
1

México e Portugal tudo bem, tenho amigos por lá, mas Austrália? Itália? Índia?? IRÃ????? Como esse povo me descobre? Que tortuosos caminhos percorreram pra chegar até aqui? Adoraria saber, vocês podem falar sobre isso nos Comentários?
Eu acho que a busca no Google não deve estar sendo feita corretamente, só pode! Alô você, amigo indiano ou iraniano que está procurando uma boa dona-de-casa no Brasil: você está procurando no lugar ERRADO!!! Pior = worst!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A saga da matrícula

Todo mundo lembra que eu passei no vestibular, né? Entonces, passei, curso a distância, federal de Berrrlandia, vou me matricular. Lembra do Zé Ramalho cantando "minha filha inocente, diz pra mim toda contente, pai, vou me matricular"? Pois. Mal sabia eu que estava prestes a sofrer a dor da marrom com esta benção de matrícula.
Bem, pra começar, eu não estava querendo chacoalhar num busu daqui até Berrrlandia, por 9h, só pra chegar lá assinar meia duzia de papéis e voltar (mais 9h de busu). Então, achei uma boa e generosa alma (obrigada, Vivi!) que se dispôs a fazer a matrícula por procuração. No edital estava previsto esta possibilidade, dizendo que a procuração deve ser "feita em cartório". De posse do número dos documentos da Vivi, fui pro cartório fazer a abençoada procuração. Ni qui uma funcionária muito solícita (noooot!) e com uma vontade de trabalhar que deu até medo, falou que não podia fazer a procuração sem a cópia dos documentos da Vivi. Como assim, Bial? Não daria tempo da Vivi me mandar cópia de documento nenhum, e por que raios precisava da cópia dos documentos?? Eu não estava lá dando os números pra ela? Mas aí a funcionária "exemplo" falou que procuração pública é assim. Então, tá, cara-pálida. Muito puta dentro da minha calça Renner, fui procurar outro cartório, porque, né?, 9h de ônibus e tal. Aí a tia do outro cartório, muito mais disposta a ajudar, me disse que pelo edital não dava pra saber se a procuração era pública (que precisa de cópias de documento) ou particular (que não precisa de cópia, a que eu queria fazer) e me aconselhou a ligar pra faculdade e perguntar. Misteriosamente, nessas horas meu celular não funciona nem com farofa de frango e vela preta, e lá fui eu pro orelhão mais próximo. Falei com a goretinha da matrícula, que me jurou, pela cabeça decepada de Maria Antonieta, que a procuração é pública. Eu, que não consigo ficar calada, tive que criticar, né? Que o edital não foi claro, que era descabido exigir a presença do aluno pra matricular, procedimento que poderia ser feito perfeitamente pelo correio, ainda mais o curso sendo A DISTANCIA e tal, e goretinha respondeu o quê? Um doce pra quem disse "mas esses são os procedimentos". Ah, os procedimentos! Dificultando sua vida desde 1527.
Inconformada, saí bufando de lá e fui pro ponto de ônibus, que perdi, é claro, porque desgraça pouca é bobagem.
Claaaaaro que cheguei em casa e fui DIRETO no Fale Conosco da faculdade, com sangue nozóio, e desci a lenha. De modos que nem me matriculei e já devo ser odiada pelo Coordenador do curso.
Findando tudo, acabei sacolejando num ônibus que saiu de BH às 22h, cheguei lá às 6h, esperei a faculdade abrir às 8h, e fiz a minha matrícula. Depois, peguei outro ônibus de volta às 12h e cheguei às 22h. Dezoito horas de viagem para entregar 7 folhas de xerox e assinar 1 folha. Agora, reflitam comigo:
1 - O Curso é a distância, os documentos para matrícula eram alguns xerox e histórico escolar. Por que, meu deus, por que isso não poderia ter sido enviado pelo correio?
2 - O curso é voltado para funcionários públicos, que em sua maioria, trabalham de segunda a sexta de 8h a 18h. Por que a faculdade escolhe 2 dias ÚTEIS para matrícula, em horário comercial, sendo obrigatoriamente feita em Berrlandia, considerando-se que a maioria dos alunos nem vai cursar no polo de lá, e sim nos outros 5 ou 6 polos em difeentes cidades mineiras? Tipo, os funcionários iam perder com certeza um dia de trabalho só pra cumprir os malfadados procedimentos...
São muitos mistérios, queridos amiguinhos, que estão muito além do meu entendimento. Quem sabe depois de mais 18 encarnações, quando serei um ser de luz, evoluído espiritualmente, eu consiga penetrar nessa obscura esfera do conhecimento humano...
Mas nossa saga ainda não acabou! Quando voltei a BH, vi um anúncio que foi postado no site da faculdade, exatamente no dia em que eu estava lá me matriculando, em que a faculdade oferecia um modelo de procuração PARTICULAR para quem não podia ir pessoalmente.
Agora já posso pegar minha faquinha de manteiga pra cortar os pulsos?